Estima-se que até 2050 a população mundial seja de 10 bilhões de pessoas. Como produzir alimentos para esse aumento exponencial se não pelo agronegócio? Pensando em ajudar na resposta para esse cenário que se aproxima, a SAP Brasil organizou o webinar “O futuro da indústria que alimenta o mundo”, com a CEO da SAP Brasil Adriana Aroulho, o CEO da Coopercitrus, Fernando Degobbi, o fundador e presidente da Datagro, Plinio Nastari, e o CIO da Bunge, Fernando Brocaneli.

Quando o assunto é produção de alimentos, o Brasil pode ser considerado um dos maiores contribuidores do mundo. Segundo Adriana Aroulho, o país ainda apresenta um grande potencial para acompanhar esse crescimento na produção agrícola que já é necessário, mesmo dentro das adaptações exigidas pelos consumidores, como no caso da rastreabilidade.

Para  o CEO da Coopercitrus, Fernando Degobbi, o agronegócio está passando por um momento de transição entre os chamados agro 4.0 e 5.0; “(Algo muito) forte na agricultura 5.0 é inteligência artificial, aprendizagem profunda, uma modelagem estatística cada vez mais avançada, robótica de ponta, e coloco “por minha conta” a sustentabilidade, sem ela não teremos sucesso na agricultura 5.0”, sentencia.

Degobbi lembra ainda que a fase 1.0 começou na idade do Cobre, com uso de força animal e elevado trabalho braçal. A fase 2.0 veio ao final do século 19 com pesticidas, fertilizante artificial, maquinário e já uma mão de obra qualificada – “Precisamos considerar essa distância de tempo” – já a agricultura 3.0 se desenvolve entre as décadas de 1970 e 1990 caracterizada por análise geoespacial, previsão local de tempo, um início da agricultura de precisão e lavoura geneticamente modificada.

A agricultura 4.0 é muito caracterizada por imagens de satélite de alta resolução, internet das coisas, início da robótica, Big Data e, principalmente, a agricultura de precisão. “Hoje com drones de pulverização é possível aplicar um plano de voo somente na área que tem uma infestação de alguma praga ou doença, o que antes tinha que ser aplicado em 100% da área”, comenta.

E essa “lista” de benefícios vai além do controle de aplicação de produtos e redução do desperdício; “mostramos aos clientes que estamos usando boas práticas o que é mais valorizado pelas empresas” – explica o CEO – e se estende até “fora da porteira” quando do transporte da colheita até o embarque.

Rastreabilidade

O transporte tem se mostrado uma parte importante da rastreabilidade da produção agrícola. Com a impossibilidade de interação causada pela pandemia, uma solução que tem colaborado com produtores e empresas é um aplicativo para contratar digitalmente o frete, sem a necessidade de caminhoneiros esperando na porta da fazenda. “Isso caiu como luva para todo mundo”, afirma o CIO da Bunge, Fernando Brocaneli.

De acordo com a CEO da SAP Brasil, Adriana Aroulho, o exemplo de ferramenta para contratação de frete indica como uma plataforma pode conversar com sistema trazendo customizações; uma plataforma na nuvem com tecnologias inteligentes.

Ainda segundo Adriana, a rastreabilidade dos alimentos está presente nas agendas, com consumidores dispostos a investir, pagar e exigir mais dos fornecedores que apliquem essas ferramentas e que invistam em práticas sustentáveis e cuidado com meio ambiente.

“Temos o rastreamento do plantio, colheita e do transporte; da produção até o cliente final, do Mato Grosso até a China. Do farelo animal até os países da Europa. Rastreabilidade de lotes, de qualidade de níveis de precisão. Dentro da indústria da transformação do produto, da soja ao óleo tem vários setores e busca por uma planta inteligente”, lista Brocanelli, “As ferramentas estão aí”.

E essas ferramentas colaboram com o agronegócio, pois como lembra Degobbi, “a agricultura tem muita surpresa, tem muito imprevisível no meio”. Sendo necessário trabalhar como conceito de “jornada de valor” e na mochila dessa jornada deve-se levar ferramentas e tecnologia, pois quando entendemos os processos que estão acontecendo encontramos as soluções, interagimos e inovamos. 

“Tem o jargão de sentir a dor, mas eu não concordo, pois sentir a dor é você sofrer junto. Acho que temos que entender antes da dor. Quando a dor vem o sintoma já vem seguido de coisas que já aconteceram que não dá mais para resolver. Temos que estar juntos na jornada”, explica o CEO da Coopercitrus.

Opinião semelhante à de Adriana: “gostamos do termo “jornada”, porque cada um começa de um local e tem ângulos diferentes. Engajamento do colaborar se traduz em mais negócios para empresa agro. Entendemos que na arquitetura de uma empresa inteligente o fundamento é o sistema de gestão, digital padronizado e otimizado e onde possamos ter uma plataforma p desenvolvimento”.

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