“Identificamos que com máquinas especializadas, a palma forrageira pode ser cultivada em larga escala em todo o período do ano, portanto, pode viabilizar o desenvolvimento e forte crescimento da atividade na região de maneira sustentável”, explica o gerente de Engenharia de Produto da Casale, Adriano Mendonça.

Segundo o engenheiro agrícola e professor do Instituto Federal de São Paulo – Catanduva, Alberto Lyra, (participando do projeto através de sua pesquisa de doutorado) o equipamento torna possível a transformação no cenário da pecuária do Nordeste, pois reduz custos e promove ganhos, ao viabilizar a cultura em mais propriedades e em escala superior.

Na USP (Universidade de São Paulo), quem lidera o projeto são os pesquisadores Prof. Dr. Marcelo Becker e Profa. Dra. Zilda de Castro Silveira. Fazem parte da equipe os doutorandos em automação e metodologia de projeto, Alberto Lyra e Henrique Takashi, o engenheiro Artur Valadares e o aluno de iniciação científica, Pedro Murari. 

A palma forrageira

Foi trazida do México e introduzida no Brasil no final do século XIX. Na ração animal, por ser rica em energia, pode ser utilizada na substituição total ou parcial de outros ingredientes com maior custo de produção, como o milho. Também conta com alto teor de umidade, sendo fonte hídrica para os animais. Além de bovinos, também alimenta pequenos ruminantes: como caprinos e ovinos.

De acordo com o Coordenador-Geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação, Tecnologia e Inovação (CGEP) da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, Aildo Sabino, estudos comprovam a eficiência da planta na alimentação de suínos, peixes e aves, pois a planta pode ser utilizada na restauração de solos degradados e tem potencial energético para produção de biogás.

Hoje, o custo de colheita é elevado e ineficiente, pois seu corte e recolhimento são realizados manualmente.