Conversei com a AUMA, da família de um grande e antigo amigo, José Ribeiro, lá de Patos de Minas/MG. Este pioneiro foi o iniciador das atividades da Agroceres PIC no Brasil nos anos 1970. O “case“ da própria empresa hoje revela numa granja de suínos, com aproximadamente 18 mil suínos os seguintes fatos: investimento aproximado de R$ 1,5 milhão, gerando mensalmente 140.000 kWh/mês, propiciando uma economia de R$ 75.000/mês.

E além de tudo, permitindo uma independência energética, além de ganhos de sustentabilidade. Para uma capacidade instalada de geração de energia de 250 KW.

O processo da construção de biodigestores encontra hoje um corpo de construtores qualificados bem como fornecedores de geradores evoluídos para biogás como MWM com boa parte de seu supply chain nacionalizado.

Hoje o potencial de produção de biometano no Brasil, segundo a ABIOGAS – (Associação Brasileira do Biogás) seria de cerca de 117 milhões de Nm3 por dia. Seria equivalente a 35% do consumo de energia elétrica do país, ou 70% do consumo de diesel do Brasil. Mas temos muito pouco. Algo em torno de 2% desse potencial instalado, e ainda com baixa tecnologia.

Todos os setores da proteína animal deveriam se servir do biogás. E como conversei com Antonieta Guazelli, da Rex, atividade leiteira, os subprodutos são excelentes como fertilizantes para as suas lavouras. Da mesma forma todas as propriedades agrícolas do setor vegetal, e as pequenas nas cooperativas podem criar modelos colaborativos.

Aspectos de sustentabilidade, sociais, econômicos e estratégicos. Com biogás as unidades de produção ficam com segurança energética. Mitigam riscos e incertezas pois se descolam de variações de preços de petróleo ou câmbio. O empresário obtém previsibilidade energética e transforma um fator incontrolável numa gestão sob seu controle.

Visitei unidades de ovos, outras de aquacultura, um supermercado como Bergamini que tem nas suas fazendas próprias a produção da carne para seus açougues e a geração própria de energia com geradores está presente e significa da mesma forma, segurança e conservação saudável dos alimentos nos frigoríficos. Também conversei com especialistas que olham para regiões como a Amazônia, por exemplo, e veem lá a riqueza do biogás para criar prosperidade e ao mesmo tempo dentro das exigências ESG: environmental, social and corporate governance.

Nas usinas de cana de açúcar o aproveitamento da auto geração é outro fator excelente dessa “mecanização da energia do agro“. Os modelos eólicos e solares também contribuem. Porém o biogás é de aproveitamento natural numa fazenda. Os restos, e o lixo, o desperdício geram lucro e sustentabilidade.

Para vender ao consumidor final, precisaremos provar ética e obter confiança. A energia elétrica que está em tudo e não se vê, quando falta sentimos o que significa.

Nem controlamos mais os dados, não temos sinais de internet, e lamentamos a perda de uma só vacina, por que faltou luz num hospital onde haviam estoques no refrigerador, das anti Covid 19. Falta de energia da prejuízo. Biogás na proteína animal é fator de lucro e imagem perante o consumidor final. Da mesma forma o biometano como combustível  para autos movidos a gás, a economia é considerável.

Obrigado André Alves da AUMA, e Cristian Malevic da MWM pelas informações. Sem duvida, biodigestores e geradores são a mecanização da energia sustentável do agronegócio.