Diversos são os benefícios da utilização do controle biológico no cultivo de cana. Mas pode-se ressaltar basicamente que este método busca atingir somente o organismo alvo de controle.
“No controle biológico, somente o alvo (a praga) é combatido, por isso o risco ambiental é mínimo, não deixando resíduos tóxicos em alimentos, água e solo”, salienta Harley Nonato de Oliveira, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Oliveira diz que com o uso do controle biológico há ausência de período de carência entre a liberação do inimigo natural e a colheita. Ele cita ainda que o controle biológico também é caracterizado por não provocar o surgimento de populações de pragas resistentes, além de não afetar outros métodos de controle, nem oferecer perigo a saúde humana.
No entanto, o pesquisador ressalta que o agricultor deve ter persistência e paciência no uso do controle biológico. “Devido a uma ação mais lenta e mesmo pelo fato de que muitos dos agentes de controle biológico terem tamanho diminuto, dificultando a visualização, o seu efeito muitas vezes pode não ser prontamente percebido pelo agricultor”, comenta.
Oliveira reforça ainda que esse método de controle requer maior cuidado, uma vez que a sua utilização deve estar associada a uma fase específica do inseto-praga. “Além disso, nem sempre pode ser utilizado em qualquer condição climática”, finaliza.