O Brasil deve se tornar o maior produtor mundial de alimentos no ano de 2020, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Conforme levantamento da Embrapa, a produção de grãos no país é responsável por alimentar cerca de 1,2 bilhões de pessoas em todo o mundo.

O mercado de fertilizantes sofreu alterações em todo o mundo com a pandemia. A China teve dificuldades com a sua logística devido ao lockdown imposto nos primeiros meses do ano, prejudicando a importação de matérias primas, produção em fábricas de fertilizantes, exportação de produtos e o consumo interno. Na Índia, o lockdown contribuiu para a diminuição do consumo de insumos, esperado nos meses de abril e maio, momento no qual o país inicia sua principal safra. Nos Estados Unidos houve o desaceleramento da demanda de fertilizantes.

Com toda esta redução no consumo de fertilizantes, houve reflexo nos preços de forma geral, com queda considerável nos preços em dólar, em relação aos últimos anos. Como, por exemplo, o cloreto de potássio, que atingiu os preços mais baixos dos últimos 2 anos.

Mesmo que o Brasil seja altamente dependente da importação desse insumo, importando aproximadamente 95% do volume de potássio utilizado no país, o reflexo da redução de preços não foi tão perceptível, devido à valorização do dólar.

Como se sabe, os maiores países produtores de fertilizantes potássicos no mundo são Canadá, Rússia, Bielorrússia, China e Alemanha. No Brasil há presença de jazidas de potássio em Minas Gerais, Sergipe, Amazonas.

Já que a área plantada de soja, cana-de-açúcar e milho deverá aumentar nos próximos anos, haverá consequentemente uma elevação na demanda pelo nutriente potássio. Além disso, com o aumento populacional e do consumo de culturas que são sensíveis ao cloro, como frutas, tubérculos e hortaliças, a utilização de outras fontes de potássio, que não o cloreto de potássio, podem subir significativamente.

Por isso é essencial que o Brasil invista em fontes nacionais de potássio, a fim de reduzir essa alta dependência da importação do elemento. O país é um dos principais protagonistas da agricultura mundial, e precisa buscar soluções para esse problema.

Pensando nas fontes 100% nacionais de potássio, há no planalto de Poços de Caldas-MG minérios de formação vulcânica, que possuem altas concentrações de potássio, e que são alternativas viáveis para substituição do cloreto de potássio na agricultura. Na região de Poços de Caldas-MG, há duas fontes de potássio distintas, conhecidas como Fonolito e Rocha Potássica (cuja jazida é da Yoorin), com teores de 8% de potássio total e 12% de potássio total, respectivamente.

Os fertilizantes potássicos do planalto de Poços de Caldas-MG possuem baixo índice salino, são isentos de cloro e tem alta concentração de silício, além disso, são de liberação gradativa e são fornecidos de acordo com a necessidade das plantas.

Essas fontes nacionais de potássio favorecem o desenvolvimento radicular, contribuem para o aumento da produtividade e a tolerância a intempéries, além disso, possuem mais de 45 anos de estudos em instituições de pesquisa brasileiras, apresentando resultados de alta eficiência agronômica em diferentes culturas.

As jazidas de potássio de Poços de Caldas-MG contribuem para que a agricultura reduza a sua dependência externa desse elemento.