De acordo com análise do INED (Instituto Francês de Estudos Demográficos), em 2050, seremos 10 bilhões de pessoas no mundo; contra 7,3 bilhões em 2015. As estimativas aumentam a responsabilidade e os desafios daqueles que trabalham diariamente par a suprir a demanda da humanidade por alimentos, como os agrônomos e outros cientistas que atuam na área, técnicos e, principalmente, os produtores rurais. E os fertilizantes têm se mostrado a principal ferramenta sustentável para fazer frente à demanda crescente de alimentos

Com o crescimento demográfico global, o uso sustentável dos adubos é essencial para recompor os minerais do solo e garantir o alimento saudável na mesa dos cidadãos. Segundo diretor do Centro de Solos do Instituto Agronômico de Campinas e coordenador da iniciativa Nutrientes Para a Vida, Heitor Cantarella, solos agrícolas têm capacidade limitada de fornecer nutrientes e perdem sua fertilidade, ou mesmo se esgotam, com as sucessivas colheitas.

“Desenvolvimento da genética e o aprimoramento das plantas resultam em culturas mais produtivas e com características desejáveis para o consumidor. Esse potencial dos novos cultivares exige a fertilização adequada para se expressar. O benefício dos fertilizantes se manifesta duplamente”, reforça Cantarella.

Ainda na opinião do coordenador da Nutrientes Para a Vida, é preciso estimular os grandes e pequenos produtores a empregarem corretamente os fertilizantes nas suas lavouras. Pequenos produtores podem, inclusive, beneficiar-se mais dessa prática já que, com pouca área disponível, precisam garantir a produtividade para manter a sustentabilidade econômica de seu empreendimento.

Produção de milho

Uma das soluções que melhorado do cereal é um fertilizante a partir de algas marinhas do tipo Lithothamnium. Além de possuir elementos orgânicos, como aminoácidos, a porosidade da parede celular da alga auxilia na liberação dos nutrientes para o solo, elevando a qualidade do grão.