Com a alteração da circulação atmosférica causadas pelo El Niño, os sistemas capazes de provocar chuva são impactados e alteram a precipitação nas regiões Sul e Nordeste. Assim, enquanto a primeira apresenta maior frequência de chuva, a outra tem situação inversa.

No Sul, o volume de chuva continua elevado por causa dos diversos sistemas de baixa pressão atmosférica no Paraguai e frentes frias que se posicionam no Oceano Atlântico Sul. “Se no Nordeste o problema é por conta da ausência de chuva, na região Sul o motivo é o excesso”, comenta Alexandre Nascimento, meteorologista especialista em consultoria agroclimática da Climatempo.

 

No Nordeste o problema é por conta da ausência de chuva, no Sul o motivo é o excesso

 

 

Devido à influência direta sobre a temporada das águas, o fenômeno climático prejudica o plantio e o desenvolvimento de diversas áreas produtoras de soja, milho e insumos. De maneira geral, todas tiveram problemas, principalmente no Centro-Oeste onde a fase das águas não começou de forma regular. “O período de semeadura da safra brasileira de grãos com início em 2015/16 já foi prejudicado”, diz Nascimento.