O agronegócio tem contribuído para o desenvolvimento econômico do Brasil, para uma melhor condição de vida ao povo brasileiro e para a proteção dos biomas e biodiversidade em território nacional. Essa realidade é comprovada por inúmeros estudos realizados pela academia, por instituições de pesquisa e de inovação, por empresas e pelas entidades setoriais, mas principalmente pela oferta de alimentos, fibras e energias renováveis que saem dos nossos campos.

Mesmo assim, na última década, o setor tem enfrentado o desafio de se comunicar com o ambiente urbano e com os países do Hemisfério Norte. A história do agro brasileiro é de intenso trabalho, sempre pautado por ciência e tecnologia, visando fornecer alimentos nutritivos e com qualidade para o país e para o mundo, por meio da aplicação de técnicas sustentáveis para um cultivo e uma colheita com produtividade.

São quase seis milhões de propriedades rurais espalhadas em território nacional, com suas características regionais, buscando seguir essa missão com respeito, responsabilidade e integridade. Certamente, cada produtor e produtora rural tem uma trajetória, que compõe o que é hoje o agro nacional.

“(…) para sermos compreendidos pela sociedade brasileira e mundial, a chave está na integração.”

Contudo, a beleza do dia a dia do campo, os exemplos de dedicação e sucesso desses trabalhadores e a contribuição do agro para o país não são as informações que reverberam na mente dos brasileiros que vivem nas cidades e dos estrangeiros, com realidades bem diferentes da nossa. Por eles desconhecerem o bom trabalho que o setor vem fazendo há décadas, abre-se espaço para as narrativas que não condizem com a verdade do agro, que maculam injustamente sua imagem no Brasil e no mundo.

Desse modo, é urgente a construção de uma comunicação eficiente, acabando com a percepção negativa sobre o setor. Como diria o ator, dramaturgo e escritor inglês, Sir Peter Alexander Ustinov, a “Comunicação é a arte de ser entendido”. E, para sermos compreendidos pela sociedade brasileira e mundial, a chave está na integração.

O agronegócio precisa se unir. Protagonistas dos sistemas agroalimentares podem trabalhar em conjunto com as cadeias produtivas, instituições de pesquisa, academia e associações, além dos órgãos e organismos públicos, para desenvolver uma narrativa robusta, consistente, baseada em fatos e evidências, que informem de modo transparente e assertivo o que tem sido feito nas propriedades rurais e nas indústrias para atender as demandas por alimentos e produtos essenciais para a vida.

Essa iniciativa desenvolvida a partir da integração entre todos os players do agronegócio brasileiro fortalecerá a imagem do setor no país e no mundo. Evidenciará ainda os esforços do setor para diminuir a insegurança alimentar global e os motivos pelos quais o Brasil tem no agro sua pujança, seu desenvolvimento e seu exemplo de iniciativas sustentáveis, com potencial de se tornar o celeiro do mundo.

Por Gislaine Balbinot, Diretora Executiva da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio

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