A irrigação é uma técnica agrícola muito antiga, tendo surgido há milênios. Ela serve para promover o fornecimento controlado de água aos cultivos agrícolas, visando a garantia da produtividade, mesmo diante da ausência de chuvas.
Assim, para o sucesso da produção é fundamental a combinação de diversos fatores (preparo de solo, semente, água e outros). No caso da água, a irrigação adquire importância significativa.
No entanto, Marcus Sato, Business Delevopment da Agrosmart, salienta que não basta apenas ter o equipamento de irrigação que está tudo resolvido! “Cabe ao produtor conhecer a planta, o solo, a atmosfera e todo o sistema agrícola de cada propriedade”.
O produtor também não deve apenas “jogar” água na lavoura que está tudo resolvido. É preciso fornecer a quantidade correta para as necessidades, evitando o excesso e a falta.
Diante disso, elaboramos 4 dicas para calcular a irrigação dentro da sua propriedade e com isso obter melhores resultados da lavoura.
1 – Cada cultura tem sua exigência por água
Para ter sucesso com a irrigação agrícola é importante que o produtor entenda que cada cultura necessita de uma quantidade de água diferente durante o seu ciclo de vida, bem como cada tipo de solo tem uma capacidade diferente de armazenar água.
“É essencial levar em conta a cultura que está sendo irrigada, assim como o estágio em que ela se encontra”, explica Eduardo Fernandes Hendler, da Carretéis Irrigat.
Com isso, um sistema agrícola das fazendas melhor calibrado às exigências permitirá uma irrigação inteligente, permitindo ter altas produtividades, economizando água e energia elétrica.
Vale lembrar também que o manejo da irrigação cobre os seguintes objetivos básicos da atividade agrícola:
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Maximizar a produtividade da cultura;
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Melhorar a qualidade do produto;
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Minimizar o custo da água e da energia;
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Aumentar a eficiência de fertilizantes;
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Diminuir a incidência de doenças e pragas;
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Manter ou melhorar as condições químicas e físicas do Sol.
2 – O cálculo da irrigação varia de acordo com o clima da região
Por ter dimensões continentais, o Brasil possui os mais variados climas. Estes interferem potencialmente na necessidade de água da cultura e também na capacidade do sistema de irrigação. Por exemplo, a necessidade hídrica do milho na região Nordeste do Brasil é muito maior que a do milho na região Sul.
“Os melhores manejos de irrigação são aqueles que levam em conta toda informação específica de cada área da fazenda, não só o tipo de solo – que pode variar muito dentro de alguns hectares – mas também a variabilidade de chuva”, indica Marcus Sato.
O representante da Agrosmart explica também que previsões do tempo localizadas para as fazendas também ajudam a melhorar o manejo e melhorar a precisão no planejamento agrícola. “Por essas razões, cada setor de manejo de irrigação deve ser tratado de uma forma diferente”, diz.
3 – Conheça todas as metodologias para realizar o cálculo da irrigação
Segundo o representante da Agrosmart, existem diversas metodologias que podem ser adotadas para realizar o manejo da irrigação. Segundo ele, as mais utilizadas no mercado são modelos matemáticos que combinam variáveis da atmosfera (estações meteorológicas) e do solo (sensores de umidade do solo).
“Combinando esses dados com análises do sistema de irrigação, lavoura, solo e previsões do tempo, são gerados melhores momentos de irrigação e a quantidade ideal para suprir a demanda da cultura”, completa Sato. Também é importante ficar atento às regras de uso de energia elétrica de cada região para não irrigar nos horários com o custo de energia mais caro.
Esses fatores, quando combinados, permitem o cálculo de uma irrigação inteligente, que seja capaz de atender a demanda de água da cultura e seja mais rentável ao agricultor.
Exatamente por isso o ideal é buscar uma empresa ou técnico habilitado para mensurar todas as variáveis importantes na hora de escolher o sistema de irrigação ideal, além de mão de obra, rendimento, capacidade e custo de manutenção.
4 – O tipo de irrigação impacta nos cálculos. Esteja atento a isso!
Por fim, tanto Hendler quanto Sato ressaltam que o o tipo de irrigação a ser adotado exerce impacto direto no cálculo deste manejo. Veja a seguir o que eles dizem a respeito disso.
“Para o cálculo da capacidade é preciso saber o rendimento, vazão, alcance e outros fatores que variam de um sistema de irrigação para outro”, diz Hendler.
“Cada tipo de irrigação tem um comportamento diferente. A emissão da água bem como a sua eficiência podem mudar, mesmo sendo tipos iguais. O tempo de funcionamento e vazão também dependem de cada projeto. Com isso os manejos mais inteligentes consideram essas características para gerar os cálculos de irrigação”, indica Sato.
Dessa forma, a melhor forma de encontrar o melhor sistema de irrigação e verificar se a capacidade dele está correta para as necessidades, é buscar assessoria técnica especializada além de também conversar com usuários de determinado sistema que estão utilizando a mais tempo.
No mais, com as dicas apresentadas já é possível calcular a irrigação para a sua lavoura sem erros. Agora, é só buscar assessoria especializada e elevar a produtividade da sua lavoura via irrigação.