Texto:Prof. Dr. José Luiz Tejon*
A economia de apenas seis Estados brasileiros devem superar o patamar do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 (quando o país entrou na pior recessão da história) em função do agronegócio, da mineração e acesso à mercados. São eles: Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Santa Catarina e Roraima. Este último – por incrível que pareça – mesmo com o movimento desordenado dos imigrantes venezuelanos, trouxe movimento econômico.
O presidente Jair Bolsonaro estava na posse dos presidentes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, e disse: “A equipe do ministro Paulo Guedes foi escolhida sem nenhuma interferência de partidos políticos, e significa mais do que a economia, significa impactos em toda a sociedade do Brasil, pois se a economia for bem, o país todo vai bem“.
Estamos diante de uma colheita da nova safra brasileira. Mas a safra não é tudo. O custo para fazer a safra, o câmbio, a logística, e acima disso, a sua agroindustrialização, a comercialização, os serviços financeiros, a educação e a coragem dos agentes para se interrelacionarem e superarem juntos obstáculos, é o que pode nos conduzir para crescimentos necessários mínimos de 5% ao ano, e não as estimativas atuais, de crescermos este ano apenas 2,53% o nosso PIB.
O PIB total do agribusiness brasileiro hoje é da ordem de 500 bilhões de dólares. Em 6 anos precisaremos dobrar, ir para 1 trilhão de dólares, caso contrário, não atingiremos um PIB geral do país de 2,5 trilhões de dólares (25% a mais sobre o atual). Ou seja, para o PIB brasileiro crescer 25%, precisamos quero PIB do agro dobre de tamanho.
E para dobrar o PIB do agro brasileiro, precisaremos não apenas ampliar a produtividade dos grãos, do biocombustível, das fibras, trazer de volta o cacau, a borracha, vender mais proteínas animais, liderar o café e suas especialidades, invadir o planeta com nossas especiarias, essências, frutas e sucos, e ter mais empresas brasileiras no comando de organizações globais, como a Chiquita Brand, que pertence à Cutrale e Banco Safra. Precisamos de metas de vendas e de crescimento. O mais difícil é vender mais enquanto corta o que não interessa ao país, e pra isso, é preciso convocar os empresários e as cooperativas.