Muitos pecuaristas podem achar que a pecuária de precisão é restrita à grandes fazendas ou rebanhos. Mas não é bem assim. Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Corte (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Pedro Paulo Pires, essa tecnologia pode ser usada independentemente do tamanho do sistema de produção.

O produtor pode não ser grande, mesmo assim, se ele usar software para auxiliar nas análises dos dados, certamente ele terá melhor retorno, caracterizando maior “precisão” na sua criação”, explica o pesquisador.

Além disso, os riscos envolvidos na pecuária levam o pequeno, médio e grande produtor a trabalhar com uma gestão mais estruturada e, por isso, estão adotando cada vez mais o controle de indicadores para melhorar a rentabilidade.

Dessa forma, o gerente da área de Negócios de Pecuária de Precisão da Robert Bosch América Latina, Gustavo Ferro, ressalta que não há um número mínimo de cabeças para investir em progressos. Porém, ele explica que o retorno individual de um animal é baixo, por isso os pecuaristas necessitam manter cada vez mais animais para sustentarem no negócio.

Neste contexto, ele ressalta que o produtor de médio porte se torna um potencial usuário dos sistemas de pecuária de precisão.

Com a pecuária de precisão, o médio produtor terá a eficiência que permitirá viabilizar uma expansão de produção ou de investimentos uma vez que está gerindo melhor as decisões sobre os riscos e usufruindo do seu rebanho”, explica Ferro.

Por fim, tanto o representante da Bosch, quanto o pesquisador da Embrapa ressaltam que o custo para investir nessa tecnologia depende de qual tipo de equipamentos e/ou softwares serão usados além do perfil e do sistema de produção, mas certamente trará benefícios.

Nesta questão, Ferro ressalta que o retorno tem sido semelhante à adoção de sistemas ligados à Agricultura de Precisão. “Cada hectare proverá mais receita, seja com soja, seja com boi, uma vez que se adote tecnologias para produzir de forma eficiente”, finaliza.