A pecuária brasileira está entrando em um dos períodos mais importantes do ano: o inverno e sua combinação do frio com a seca. Neste período, a proteção do gado precisa ser ainda maior.

Isso porque, quando a estiagem chega, a produção de forragem pelas pastagens fica muito reduzida. Esse fato certamente causa perda de peso do gado, acarretando em sérios problemas.

Dessa forma, para que estes problemas não levem à perda de peso excessiva e consequentemente, a perda de dinheiro, é fundamental que o pecuarista pondere algumas medidas fundamentais para garantir maior proteção do gado.

Veja quais as principais medidas que garantem a proteção do rebanho neste período fundamental dentro da pecuária brasileira.

Proteção do gado na estiagem: como fazer?

Em épocas de estiagem, que na região sudeste coincidem com o inverno, a produção de forragem pelas pastagens fica muito reduzida, tornando-as quase indisponíveis ao gado.

Neste período, André de Faria Pedroso, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), indica que o pecuarista deve se preparar com a máxima antecedência para o período.  

Realizar a proteção do gado com antecedência fará com ele não sofra com a falta de alimento”, indica o pesquisador.

Pedroso explica que as principais medidas que podem ser tomadas pelo pecuarista para que exista uma eficiente proteção do gado na estiagem são:

#1. Utilização de pastagens diferidas:

Nesta medida, uma parte das pastagens na propriedade deixa de ser utilizada (vedação), normalmente no início do outono, para poder ser utilizada no período da seca.

Apesar de eficiente, Pedroso indica ser necessário fazer uma suplementação extra devido às qualidades da forragem.

O valor nutritivo da pastagem não será adequado no momento do uso, por isso, se faz necessária a suplementação com fonte de proteínas, o que pode ser feito com fornecimento de sal proteinado”.

#2. Suplementação com cana-de-açúcar: Neste caso há também a necessidade de correção do teor de proteína da forragem com o uso de ureia ou de concentrados proteicos.

#3. Uso de silagens de milho, sorgo ou capim: Pedroso explica que silagens de milho ou sorgo são eficientes, mas apresentam custo relativamente alto. Por isso, são mais utilizadas em sistemas de produção de leite.

Já as silagens de capim podem ser utilizadas como forma de “reservar” e “transferir” o excesso de forragem produzida no verão para uso no inverno.