Atualmente, as principais fontes nitrogenadas utilizadas para a produção comercial do cafeeiro são a ureia e o sulfato de amônio. Devido à sua alta concentração de N, aliado ao seu baixo custo, a ureia é a fonte nitrogenada mais utilizada pelos agricultores. Entretanto, a Natália Fernandes Carr, pós-graduada pelo IAC explica que essas fontes promovem a acidificação do solo, além de causar desequilíbrio nutricional na cultura, ocorrências comprovadas pela pesquisa do IAC.
“Quando o pH do solo está ácido a disponibilidade dos elementos essenciais às plantas é reduzido – já que a melhor disponibilidade dos nutrientes, de modo geral, ocorre quando o pH está em torno de 6”.
Além disso, ela explica que a redução no pH do solo pode influenciar na atividade microbiana, desfavorecendo o cultivo de plantas.
Cafeeiro mais produtivo e rentável via adubação nitrogenada
Natália explica que o objetivo central da pesquisa realizada foi encontrar uma relação ideal entre nitrato e amônio (formas de nitrogênio) que favorecesse o crescimento da cultura, elevasse a eficiência de uso do fertilizante e nutriente e reduzisse a acidificação do solo, ou seja, devem possibilitar o manejo sustentável do sistema produtivo.
A pesquisadora comenta que a produtividade do cafeeiro está fortemente ligada a adubação nitrogenada. “Se atentar a relação nitrato/amônio utilizada na adubação da lavoura é muito importante”.
Por fim, vale ressaltar que o experimento foi realizado com plantas jovens de café, em período vegetativo. Mas como a pesquisa foi realizada por 90 dias, não foi possível obter respostas mais claras quanto à produtividade, pois o café tem um período vegetativo de aproximadamente três anos antes da primeira produção de grãos.
Mas, segundo os resultados da pesquisa realizada, a utilização de fontes contendo 50% de nitrato e 50% de amônio podem favorecer a taxa fotossintética do cafeeiro, contribuindo com a elevação do rendimento da cultura.