A pecuária brasileira começa a ganhar uma nova ferramenta que promete revolucionar a forma como conduzimos a criação de gado. Estamos falando da tecnologia “Big Data”, ou seja, capacidade de gerar e armazenar um grande conjunto de dados.

Esta tecnologia baseada na coleta e análise de dados em larga escala já é popular na agricultura há algum tempo, trazendo avanços significativos para as lavouras. Mas agora começa a tomar forma também na pecuária.

Mas, neste momento, surge uma questão: O que precisamos fazer para melhorar o desempenho da pecuária brasileira tendo essa ferramenta em mãos?

Mas afinal, o que representa a tecnologia de Big Data?

Basicamente, o Big Data se configura como uma tecnologia destinada à coleta, armazenamento e principalmente processamento de dados – estruturados e não estruturados – dando ao seu usuário maior capacidade de análise com maior respaldo na tomada de decisão.

Nos últimos anos, este termo rapidamente se tornou popular no ambiente de empresas de tecnologia em todas as áreas, inclusive empresas ligadas à produção de alimentos, como a agricultura e mais recentemente a pecuária.

Alberto Bernardi, pesquisador da Embrapa Sudeste (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), explica brevemente o entendimento do Big Data para o agronegócio:

Big data é a coleta e a análise de dados em larga escala, com objetivo de auxiliar na tomada de decisões sobre o manejo dos animais, das culturas e das propriedades como um todo”.

Big Data na pecuária: vantagens diretas e indiretas

Muitas serão as vantagens da adoção de técnicas de Big Data quando incorporadas à insumos e/ou matérias primas. Mas para Guilherme Cunha Malafaia, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, a maior vantagem diz respeito ao auxílio à tomada de decisão por parte do produtor.

Segundo ele, o Big Data pode – e já está – ajudando as atividades ligadas à pecuária tanto na forma direta, quanto indireta.

As vantagens diretas serão observadas através da adoção de programas e aplicativos que auxiliam na tomada de decisão. Já de forma indireta, o Big Data ajudará nas pesquisas científicas que incorporam melhoramentos em insumos e matérias primas e, tecnologia embarcada em equipamentos pelo uso da Internet das coisas e robotização”.

Por fim, de acordo com Bernardi, o uso do Big Data, dentro do conceito de IoT (Internet das Coisas), pode ser usado nas seguintes atividades dentro da fazenda:

  • Interligar e configurar identificadores eletrônicos de animais, sensores individuais e ambientais;
  • Gerenciar equipamentos inteligentes (como alimentadores, controladores de ambiente), e;
  • Possibilitar que os técnicos e especialistas extraiam muitas informações de produtividade.