Os pilares da Governança Corporativa são, cada vez mais, cobrados pela sociedade, impactando diretamente as ações das empresas de agronegócio.
Dentro deste contexto, destacam-se a Transparência, a Equidade, a Prestação de Contas e a Responsabilidade Social, alicerces defendidos pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e que merecem nossa atenção.
Entre outros pontos, esses pilares sustentam que as empresas devem compartilhar uma informação com todas as partes interessadas, de forma justa e isonômica, com clareza, assumindo as consequências.
Vamos a um exemplo: empresa de defensivo agrícola lançou um novo produto. Todas as partes interessadas (cooperativas, produtores, professores etc) precisam receber informações sobre os testes realizados, efeitos de utilização do defensivo, benefícios do produto, entre outros pontos.
Tudo precisa ser informado de forma transparente, sem subjetividade, de modo que o público tenha total segurança na tomada de decisão referente a, por exemplo, utilizar ou não o novo produto.
Para tanto, as ações de marketing conferem o suporte ideal para a divulgação do conteúdo, seja ele informativo, ou até mesmo educativo.
Nesse sentido, a assessoria de imprensa, com o agendamento de entrevistas e divulgação de releases e artigos, torna-se uma grande aliada para as empresas de agronegócio atenderem as demandas de governança corporativa.
Vamos a outro exemplo: uma empresa do segmento de implementos agrícolas desenvolveu um produto, o qual denominou de inovador, e agendou o lançamento. Por algum descuido, não percebeu que esse lançamento é quase idêntico a um produto que um concorrente lançou no ano passado.
O que fazer nesse caso?
Os conceitos de governança corporativa recaem em questões relacionadas à administração de processos e ao monitoramento das atividades. Portanto, esse é um típico caso de falta de governança corporativa, recaindo na falta de protocolos e na necessidade urgente de se estabelecer regras mais eficazes na empresa.
O primeiro passo é reconhecer o equívoco, provavelmente, com a divulgação de uma nota dirigida ao mercado e aos clientes. Na sequência, recomenda-se a criação de um comitê de governança corporativa para que iniciativas como essa não ocorram mais.
Como vimos nesses dois exemplos, a governança corporativa é complexa e impacta diretamente o nosso agronegócio.
Talvez, por isso, o G do ESG seja apontado, por muitas empresas do agro, como o ponto mais difícil de concretizar ações.
No próximo texto, compartilharei mais informações sobre governança corporativa.
Até lá, com a força do agro!
Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio. Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella (como é conhecido no mercado de agronegócio) é autor de diversos livros e artigos sobre comunicação e marketing. Idealizador do projeto “Alertas do Agronegócio”, que leva demandas do setor para o Executivo e o Legislativo, e fundador do site Marketing no Agronegócio.
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