A agricultura continua sendo um campo aberto de inovação! Hoje, as lavouras são gerenciadas de uma forma muito mais eficiente em comparação com alguns anos atrás. Dentro deste contexto, o uso do drone profissional ganha espaço.
Segundo Gustavo Bachmann, diretor técnico e de melhoria contínua na Agrize, o agronegócio foi um dos primeiros setores da economia a adotar drones profissionais (apropriadamente chamados de Aeronaves Remotamente Pilotadas - ARPs).
“Em todo o mundo, este é o segundo setor que mais utiliza a tecnologia. No Brasil o cenário é semelhante, estima-se que, no país, mais de 40% do mercado de drones esteja ligado à agricultura”, comenta. Mas como escolher o melhor drone profissional para suas operações agrícolas?
Elaboramos algumas dicas que vão ajudar você a fazer a melhor escolha:
Drones agrícolas: muitos usos que garantem ganho em produtividade
No ambiente do agronegócio, os drones agrícolas oferecem muitas possibilidades. “O leque de usos possíveis para os drones no agronegócio é muito amplo, e cada vez mais novas soluções são apresentadas”, afirma Bachmann.
O diretor explica que, inicialmente, o uso dos drones agrícolas era voltado quase exclusivamente para atividades de monitoramento aéreo. “Os drones eram os olhos do produtor por cima da lavoura/propriedade”, diz.
Rapidamente, essa tecnologia evoluiu para a elaboração de mapas (sensoriamento remoto), obtidos pela coleta de imagens com câmeras RGB, espectrais e até mesmo multiespectrais.
“Estes mapas passaram a fornecer dados como estande de plantas (número de plantas/ha), falhas de plantio, estresse hídrico, índices de vegetação (saúde e nutrição das plantas) e outros dados importantes para tomada de decisão”, complementa Bachmann.
Há, também, drones específicos que realizam a aplicação de defensivos. Neste caso, os drones tornam-se aliados fortíssimos da produção agrícola, mitigando perdas por amassamento, economizando recursos naturais, economia no uso dos insumos e também otimização do tempo.
Dessa forma, dentro do agronegócio, Bachmann explica que os drones representam muito mais do que apenas uma inovação tecnológica, mas sim uma ferramenta essencial para exercer uma grande variedade de atividades.
“Diversas fazendas e mesmo indústrias fazem uso de um drone profissional para obter melhores resultados por meio de informações coletadas, ou aplicações de insumos, que também é possível realizar com estas aeronaves”.
Dicas para escolher o melhor drone profissional para sua propriedade
Como visto anteriormente, os drones agrícolas possuem muitas funcionalidades no campo. Mas essas aeronaves possuem muitas variações, com tamanhos, preços e funções diferentes entre si.
Por essa razão, Gustavo Bachmann ressalta que a decisão por comprar um drone profissional precisa ser avaliada com cuidado. “Estes equipamentos possuem usos muito específicos e o valor deles pode variar bastante entre os modelos disponíveis no mercado, exigindo muita atenção”.
Com sua experiência na área, Bachmann dá algumas dicas para a escolha do drone:
1. Realmente vale a pena comprar um drone?
Em um primeiro momento, o diretor explica que é válido considerar se realmente é vantajoso comprar uma ARP (drone profissional).
“Se o uso for recorrente, quase que diário, pode fazer sentido investir num equipamento próprio. Mas, se o uso for mais esporádico, considere contratar um serviço especializado”.
Ele explica ainda que, se o investimento estiver relacionado a apenas um determinado trabalho ou projeto, vale contar com uma equipe especializada e com experiência na atividade.
2. Qual será o uso do drone e o valor a ser investido?
Caso o proprietário da fazenda avance para a aquisição de um drone próprio, é preciso estar atento a dois pontos: a finalidade de uso do drone e o valor que se pretende investir.
“A aeronave vai ser utilizada na obtenção de imagens ou para pulverização? E qual é o valor que se tem para investir?”, cita Bachmann.
Importante ressaltar que os modelos disponíveis no mercado especializado são muito variados, e seus custos de investimento, consequentemente, também variam.
Existem drones para mapeamento em asa fixa e asa rotativa, cada qual para um uso específico. Igualmente, drones de pulverização podem variar de 2 a mais de 8 hélices, além de funcionarem a bateria, a combustão ou mesmo híbridos.
Já um drone profissional de pulverização, em especial, apresenta diversas capacidades de carregamento (8, 10, 16, 20 ou mais litros) e alguns modelos podem até dispersar sólidos.
3. Qual será a autonomia de voo?
A autonomia de voo também varia bastante quanto ao seu uso e modelo, podendo ir de 8 a mais de 30 minutos. Portanto, é essencial entender qual será a necessidade nesse contexto para escolher o equipamento mais adequado.
4. Você sabe operar um drone?
Saber operar o equipamento é fundamental e, caso decida comprar, é muito importante estar atento às regras vigentes para operar cada tipo de equipamento.
“A realização de cursos específicos e responsabilidades quanto à operação são fatores essenciais para operar drones da forma mais segura”, recomenda Bachmann.
No caso das regras e exigências legais de operação, os seguintes pontos devem ser considerados:
- Homologação do equipamento junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
- Cadastro na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC);
- Contratação de seguro obrigatório; e
- Solicitação de autorização de voo.
Diante disso, está claro que um drone profissional tem se tornado um grande aliado do agronegócio, contribuindo com a excelência deste setor que tem grande importância para a economia brasileira, mas seu uso exige alguns cuidados importantes, da compra à operação.
Para saber mais sobre o uso de drones profissionais no agronegócio, confira nosso infográfico exclusivo sobre drones, RPAs e VANTs!
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