Em mais uma entrevista do Agrishow Pra Elas 2025, outro produto brasileiro teve destaque: o arroz! Através de uma iniciativa pioneira, a engenheira e produtora rural, Flavia Steckert, mostra como a agricultura pode agregar valor através da sustentabilidade e inovação no setor de beleza.

Flávia, que atua na produção de arroz familiar, decidiu ir além da comercialização tradicional da commodity e criou, junto com sua irmã, a marca Lavrability, que conecta agricultura e cosméticos de forma sustentável.

“As pessoas perceberem que ele [o arroz] não é só um grão que está ali no prato do dia a dia, né? Não, ele tem muito mais do que isso, né? Dentro de si. Então ele pode inclusive ser cosmético, trazendo mais alto cuidado, trazer mais autoestima para as pessoas”, explicou a produtora durante a entrevista no Agrishow Pra Elas.

O mercado brasileiro de cosméticos sustentáveis tem apresentado crescimento constante, impulsionado pela crescente consciência ambiental dos consumidores. Produtos que utilizam ingredientes naturais e processos sustentáveis ganham cada vez mais espaço nas prateleiras e na preferência do público.

A utilização de matérias-primas agrícolas em cosméticos representa uma oportunidade de desenvolvimento tanto para o setor de beleza quanto para o agronegócio, criando uma ponte sustentável entre campo e cidade.

Tradição Milenar Redescoberta

A utilização do arroz em cosméticos não é uma novidade absoluta. Segundo Flávia, essa prática tem raízes históricas profundas: “Na verdade, se for parar para analisar a história, mais de 1000 anos antes de Cristo, a rizicultura era utilizada, principalmente pelos asiáticos. Eles utilizavam água do arroz para a pele depois de ir para os campos de cultivo”, explica.

A produtora destaca que o arroz possui propriedades calmantes e regenerativas para a pele, conhecimento ancestral que está sendo resgatado através de produtos modernos e sustentáveis.

A marca Lavrability adota uma abordagem inclusiva em seus produtos cosméticos. “A gente busca realmente produtos que possam ser utilizado tanto por mulheres, quanto homens, então a gente trabalha na linha unissex”, afirmou Flávia, explicando a estratégia de criar produtos que atendam diferentes públicos sem distinção de gênero.

Desafios da Inovação no Agronegócio e Economia Circular

Como toda empresa inovadora no Brasil, o projeto enfrentou obstáculos significativos. “A gente tem desafios burocráticos, então a gente precisa realmente compreender como trabalhar com uma empresa para conseguir fazer tudo da forma melhor possível”, revelou a empreendedora.

Além das questões regulatórias, outro desafio foi identificar oportunidades em um mercado já consolidado: “reconhecer também que produto que seria interessante para trazer dentro de um mercado que também já tem tantas possibilidades dentro dele”.

O case apresentado no Agrishow Para Elas exemplifica uma tendência crescente no agronegócio brasileiro: a busca por alternativas que agreguem valor às commodities tradicionais através da economia circular e sustentabilidade.

A iniciativa de Flávia e sua irmã demonstra como produtores rurais podem diversificar suas fontes de renda, aproveitando subprodutos e características naturais de suas culturas para criar novos mercados.

Quer conferir a entrevista completa? Veja a seguir bate-papo entre Andressa Biata e Beth Flávia Steckert.

O Agrishow para Elas é o espaço da Agrishow que recebe mulheres e inspira, através de suas histórias, para maior valorização feminina dentro do setor! Continue acompanhando para conferir outras entrevistas!