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Controle a erva de passarinho no cafeeiro com essas dicas de especialista

Article-Controle a erva de passarinho no cafeeiro com essas dicas de especialista

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Você já ouviu falar sobre uma planta que pode parasitar o café, diminuindo sua produtividade e que tem o peculiar nome de erva de passarinho? Saiba porque a erva de passarinho é uma planta parasita de grande preocupação em cafezais e veja a melhor forma para combate-la!

Artigo sugerido por Márcia Takiuti, Minas Gerais

A ocorrência dessa planta parasita vem se configurando como um grande problema em muitas áreas de cafezais. Ao sugar a seiva das plantas, a erva de passarinho começa a prejudicar o desenvolvimento das mesmas, comprometendo a produtividade e a qualidade do fruto.

É importante prestar atenção nela, visto que a infestação de pés de café por erva de passarinho vem sendo um dos fatores bióticos que mais afetam a qualidade de cafezais em algumas regiões especificas do Brasil.

Erva de Passarinho: o que é e como ela parasita as plantas?

A erva de passarinho, cujo nome científico é Struthantus flexicaulis, é uma planta parasita, que pode parasitar diversos outros tipos de plantas, dentre elas o café. Segundo José Braz Matiello, Engenheiro Agrônomo da Fundação Procafe, a erva de passarinho é uma planta que se desenvolve, principalmente, parasitando e sobre outra planta, sugando sua seiva e prejudicando o desenvolvimento da mesma.

O termo erva-de-passarinho é usado porque a disseminação dessa planta depende das aves para dispersão de suas sementes, como explicado por Matiello:

A erva de passarinho surge com a semente/fruto, que é consumida pelos pássaros. Posteriormente esses pássaros defecam ou regurgitam a semente sobre galhos de outras árvores. As sementes possuem um tipo de cola, que grudam nos ramos germinando e enraizando sobre eles, parasitando-os”.

As ervas de passarinho são consideradas plantas perenes, com folhas sempre verdes, que se fixam nos galhos e troncos da planta hospedeira (árvores e arbustos), onde se desenvolvem vigorosamente e ocupam partes ou quase a totalidade da copa.

Pela emissão de raízes especiais (haustórios), que atravessam a casca do hospedeiro, essas plantas parasitas retiram água e sais minerais do hospedeiro.

Erva de passarinho e o parasitismo do café

Praticamente todas as árvores podem ser parasitadas pela erva de passarinho, dependendo da sua receptividade para os pássaros. Matiello explica que algumas plantas parecem ser um pouco mais susceptíveis do que outras, mas apesar disso, ele diz que não se tem um estudo bom sobre essa variabilidade.

Já nas plantas de café o engenheiro agrônomo salienta que o parasitismo está bastante relacionado à região e à localização dos cafezais. “Em regiões de mata, como no Espirito Santo e zona da mata de Minas Gerais, além da Chapada Diamantina na Bahia o problema é maior”, diz.

O mesmo vem ocorrendo nas lavouras mais próximas de mata/capoeira. “Ali é que se encontram as ervas, sobre árvores comuns e servem de fonte para alimentação de pássaros que, ao pousar e defecarem sobre cafeeiros os infestam”, completa Matiello.

Algumas espécies de ervas de passarinho têm importância econômica para a cultura do café, por conta dos prejuízos que causam. A presença deste parasita danifica em diferentes graus os pés de café. Alguns dos efeitos causados por esses parasitas nas árvores hospedeiras de café são:

  • Redução do vigor e da produção de frutos e sementes;
  • Mau funcionamento dos tecidos lenhosos;
  • Produção de galhas e folhagem esparsa;
  • Morte do ápice; e
  • Predisposição ao ataque de insetos e doenças

Método de controle mais efetivo da erva de passarinho

Segundo Matiello o controle desse parasita sobre árvores ou em cafeeiros é feito por meio do método da limpeza. “Tão logo observada a infestação da erva deve-se fazer sua retirada. Esse procedimento é feito através da poda dos galhos da planta parasitadas, juntamente com a erva parasita”, explica.

Neste processo, ocorrem gastos com mão de obra, além de que o cafeeiro podado acaba perdendo área produtiva, mas é um necessário visto que qualquer parte da erva, que permanecer, pode se recuperar e voltar o parasitismo.

Outras medidas complementares sugeridas pelo engenheiro agrônomo da Fundação Procafé constam de verificação de árvores parasitadas na proximidade das lavouras de café eliminando as ervas que as parasitam. “Assim, serão reduzidas as fontes de sementes que iriam infestar, via passarinhos, as plantas de café”, finaliza.

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