A produção leiteira no Brasil se manteve estagnada entre2017 e 2108, mas a expectativa é que, diante da melhora no cenário econômico e da safra recorde de grãos, o ano de 2019 indique a retomada de crescimento desse setor. O gerente nacional de Negócios na Ordemilk, Adriano Flora de Nadai, diz que esse setor vem se profissionalizando e se aperfeiçoando a cada dia, tendo na tecnologia a ponte para essa retomada: “por conta dos custos de produção cada vez mais apertados. Estes, por consequência, “obrigam” o produtor a investir cada vez mais em tecnologias de gerenciamento que permitem tomadas de decisões mais assertivas”, diz.
Segundo de Nadai, esse investimento passa, cada vez mais, pela adoção de sistemas de ordenha completamente automatizados. “Esses sistemas de automatização de ordenha, além de padronização no processo de preparo da vaca para a ordenha, oferecem uma gama de informações de produtividade, alimentação, saúde, reprodução dentre outras”.
Neste contexto, o sales manager Brazil da DeLaval, Marcelo Corte, explica que, essencialmente nos últimos cinco anos, tem-se visto uma maior velocidade na busca de ordenhas robotizadas. “Parte dessa busca, é proveniente da genética dos animais (que tem melhorado bastante) e também da necessidade de maior controle e melhoria da rentabilidade”.
Corte indica que esse processo está crescendo e tende a se fazer presente cada dia mais nas grandes fazendas. Ele ainda ressalta que esta é uma realidade também para os médios e pequenos produtores que querem continuar na atividade, em busca de uma melhor rentabilidade.
Vantagens da automatização de ordenha em fazendas brasileiras
Para Corte, a dificuldade de condução da atividade leiteira é muito grande, principalmente em virtude das muitas variáveis que precisam ser gerenciadas diariamente.
“Esse setor demanda análises diárias de fatores que desencadeiam em maior rentabilidade, como: secar ou descartar uma vaca que não está sendo mais rentável, realizar divisão de lotes, avaliar quantidades de alimentos, identificar cio e melhor momento para inseminação, realizar diagnósticos prévios de mastites subclínicas, entre outros”, explica.
Para conseguir gerir essas variáveis, a adoção de um sistema de automatização de ordenha se torna um grande diferencial, pois permite que a propriedade trabalhe com relatórios diários claros, implemente rotinas de trabalho e busque mais eficiência nos processos e mão de obra no campo. “No final do dia, imagine a quantidade de informações que podem ser geradas em fazendas que realizam de duas a três ordenhas diárias!”, comemora Corte.
Além dessa questão, de Nadai explica que existem basicamente dois tipos de automatização de ordenha:
- Automatização de dados: Permite, quase em tempo real, saber tudo sobre o rebanho, como saúde, reprodução, produção, sanidade do leite produzido e do rebanho, exames. “Em resumo essa automatização permite absolutamente tudo!”, diz;
- Automatização de ordenha propriamente dito: segundo de Nadai, esse processo resulta em um benefício muito grande para a vaca. “Com o sistema, podemos ajustar a quantidade de comida individual para o nível de produção do animal, bem como o mecanismo de preparo do animal padronizado o que interfere intimamente com a saúde da glândula mamaria do animal”.
O gerente nacional de negócios na Ordemilk lembra ainda que que a vaca é um animal extremamente acostumado a uma determinada rotina e a aplicação sistemática da ordenha robotizada fica muito mais fácil e vantajosa para a vaca e para o trabalhador.
Maiores desafios para adotar os sistemas automatizados no Brasil
Em um mercado onde temos mais de 1 milhão de propriedades leiteiras, em grande parte de pequeno e médio porte, as principais “dores” do produtor é ter acesso financeiro a essa tecnologia, além da eficiência no uso e na aplicação da solução.
Quanto ao custo da tecnologia, Corte explica que as principais oportunidades de compra de um sistema são por meio de linhas de crédito viáveis (em termos de prazos e juros).
Já quanto à eficiência do uso, Corte explica que é essencial fornecer uma boa rede de assistência técnica ao cliente, possibilitando um suporte de excelência para o bom funcionamento dos equipamentos, além de maximizar o controle de produção. “Neste processo, é sempre importante também corrigir falhas de manejo, com informações precisas e rápidas”.
Por fim, outro ponto de suma importância sobre a automatização de ordenha é a necessidade de melhoria da mão-de-obra, uma vez que a tecnologia cria naturalmente uma aproximação do público jovem no campo. “Temos muitas propriedades com agriculturas familiares, nas quais a sucessão familiar só foi possível graças à automação”, cita Corte.
Diante disso tudo, de Nadai ressalta a importância da mão-de-obra qualificada: “Não podemos esquecer que o computador não é – e nunca será - o principal homem da fazenda”, ou seja, precisaremos sempre de alguém para entender os dados e tomar as decisões”.
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