O ESG no agronegócio é extremamente importante e precisa ser analisado de forma ampla, considerando aspectos dentro da porteira e fora da porteira. Desta forma, tem-se a totalidade (ou quase) dos fatos, o que nos ajuda a definir o ESG dentro da complexidade do nosso agronegócio.
O ponto de partida é sinalizar que o termo ESG surgiu há 20 anos, em 2024, e, por isso, gera alguns questionamentos sobre a inexistência de aspectos mais atuais, como elementos tecnológicos modernos.
Mas, o fato é que mesmo esses elementos podem ser abraçados pelo ESG no agronegócio, uma vez que o “G”, de Governança, tem a amplitude necessária para absorver tais contextos.
Definição de ESG no Agronegócio
De forma resumida, ESG se refere diretamente a iniciativas ambientais, sociais e de governança, o que demanda uma análise em vários trabalhos. Eu mesmo destinei diversas páginas de um estudo, junto ao MBA USP/Esalq, somente para o tema Governança no Agro, conforme apresentei aqui em artigos anteriores.
Vamos então abordar cada uma das letras. O “E” se refere ao aspecto ambiental. Nesse ponto, o nosso agronegócio é protagonista. De acordo com a Embrapa, o produtor rural brasileiro preserva 200 milhões de hectares. Outro aspecto importante é que nossos agricultores seguem à risca a Lei 12.651, o Código Florestal.
Já o “G” se refere à Governança. Tenho conversado com vários produtores que conseguiram melhorar a qualidade de sua produção por meio de uma melhor gestão. E gestão está associada a Governança. Por meio de tecnologia adequada, produtores conseguem incrementar processos e tomar melhores decisões.
O “S” se refere ao social e está ligado às ações que são feitas dentro e fora da porteira, como, por exemplo, treinamento e visita de alunos a uma propriedade para conhecer os processos produtivos.
Pesquisa sobre ESG no Agronegócio
Na Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio, fizemos um amplo e contundente estudo sobre ESG no Agronegócio. A pesquisa revelou que a maior parte das empresas do agro (propriedades, agroindústrias, cooperativas etc), 59% delas, prioriza as ações ESG e que o pilar ESG mais priorizado, com 45%, é o pilar ambiental.
O pilar do ESG menos priorizado é o “S”, por conta de sua complexidade e por envolver diversas disciplinas.
Nos próximos artigos, abordaremos o ESG com mais amplitude.
Vamos juntos, com a força do agro.
Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio. Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella (como é conhecido no mercado de agronegócio) é autor de diversos livros e artigos sobre comunicação e marketing. Idealizador do projeto “Alertas do Agronegócio”, que leva demandas do setor para o Executivo e o Legislativo, e fundador do site Marketing no Agronegócio.
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