O azeite de oliva é um produto adorado por muitos brasileiros. Mas você sabia que até o ano de 2010 o Brasil não produzia azeite? Exatamente por isso, somos um dos maiores importadores do mundo, respondendo por 8% do mercado, atrás apenas dos EUA e da União Europeia.
Mas, pouco mais de dez anos após o lançamento comercial do primeiro extravirgem nacional, o país tem rapidamente evoluído e feito bonito nos principais concursos internacionais.
Boa parte dessa evolução qualitativa do azeite brasileiro vem ocorrendo na região da Serra da Mantiqueira, especificamente com o Azeite Sabiá, produzido em Santo Antônio do Pinhal (SP) e de propriedade da jornalista Bia Pereira e do empresário Bob Costa.
Confira detalhes gerais sobre o azeite brasileiro e veja porque o Azeite Sabiá vem adquirindo o título de “novo ouro” da Serra da Mantiqueira e do Brasil.
Azeite no Brasil: pequeno gigante que começa a fazer barulho
Mundialmente famosos, os azeites produzidos no Mediterrâneo (Espanha, Itália, Tunísia, Grécia e Turquia) carregam tradição com a produção de excelentes produtos para a indústria.
Mas, nos últimos anos, um pequeno gigante começa a despontar a ponto de chamar a atenção do mundo: o Brasil!
O esforço de profissionais qualificados na produção de azeite tem na geografia do Brasil um dos grandes desafios. No mundo, cerca de 95% do azeite produzido estão na região mediterrânea, local natural para o crescimento das oliveiras.
Mesmo com uma produção ainda limitada e inferior ao volume dos grandes produtores ao redor do mundo, os azeites extravirgens brasileiros têm despontado nos principais concursos internacionais da categoria.
Segundo Bob Costa, a maior região produtora do país é o Rio Grande do Sul, que saiu de 58 mil litros de azeite de oliva, em 2018, para o recorde de 448,5 mil em 2022, conforme dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr/RS).
“O estado é o responsável por 70% da produção do país”, destaca o empresário.
Mas, na Serra da Mantiqueira, localizada nos estados de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, a produção vem crescendo tanto em quantidade quanto em qualidade. O Espírito Santo também começou a produzir.
Destaque para o azeite produzido na Serra da Mantiqueira
Um fator que tem contribuído para colocar o Brasil entre os principais produtores mundiais em termos de qualidade é certamente o Azeite Sabiá, criado por Bia Pereira e Bob Costa em 2014.
Na época, os dois se apaixonaram pelo universo da olivicultura e resolveram se aprofundar sobre a história e o cultivo desse que é um dos produtos mais antigos da humanidade.
“Fomos atrás dos melhores profissionais para entender sobre manejo, cultivo das oliveiras, equipamentos e técnicas, tudo para alcançar a mais alta qualidade possível na produção do azeite”, explica Bob Costa.
Bob destaca que as duas primeiras safras, extraídas em 2018 e 2019, foram distribuídas apenas para a família. “Dali em diante, nunca mais paramos de buscar a especialização”.
Hoje, com apenas quatro safras comercializadas, o Azeite Sabiá já acumulou setenta prêmios internacionais.
“Em março de 2023, nosso azeite foi ranqueado, pelo segundo ano consecutivo, entre os 10 Melhores Azeites do Mundo no prêmio espanhol EVOOLEUM Awards, um dos mais respeitados concursos da olivicultura”, comemora Bia Pereira.
Certamente esse é um feito raríssimo e inédito para um azeite brasileiro.
O controle de qualidade do Azeite Sabiá
Para um azeite de qualidade, o tempo entre a colheita e o processamento do fruto são imprescindíveis.
Assim, para garantir todos os parâmetros de qualidade de um produto super premium (fresco, aromático e com notas de amargor e picância), o azeite Sabiá conta com uma equipe multidisciplinar para a execução das melhores práticas, desde o plantio, passando pela poda, até a colheita, armazenamento e processamento.
No pomar das fazendas, a colheita dos frutos ocorre com eles ainda verdes e no estágio inicial de maturação - com o maior teor de substâncias benéficas à saúde.
“Isso é realizado apenas uma vez por ano, entre janeiro e março e de forma manual, que é a melhor forma para garantir que os frutos não sejam machucados e cheguem inteiros à área de processamento”, complementa Bob Costa.
Do pomar ao lagar, que é o coração da fazenda e local de extração do azeite, os frutos são transportados em caminhões refrigerados para evitar a oxidação.
Ali, elas são armazenadas em temperatura controlada e, em no máximo 4 horas após a colheita, são processados na Mori-Tem, máquina italiana de última geração que extrai o azeite com toda a temperatura controlada e com um moedor que corta as azeitonas ao invés de esmagá-las como os demais.
Segundo o empresário, o papel do mestre lagareiro também é fundamental para a extração de um bom azeite, já que este profissional acompanha todas as etapas do processamento, da colheita ao envase.
Excelente oportunidade para o turismo rural
Nos países do mediterrâneo, as fazendas de oliva vão além de produzir bons azeites. Elas são também uma oportunidade de geração de renda via turismo rural.
Já no Brasil, as fazendas do sul ou da Serra da Mantiqueira também representam uma ótima oportunidade para o turismo rural.
“Visitar uma plantação de oliveiras, falar sobre o cultivo, sobre o desenvolvimento do fruto, sobre os 8 mil anos de história do azeite no mundo é muito interessante. A oliva é símbolo da paz e prosperidade e está presente em todas as religiões. Portanto, é uma experiência inesquecível”, indica Boa Pereira.
Além disso, na fazenda que produz o Azeite Sabiá, todo o processo de extração é mostrado. Logo depois o visitante é levado a degustar um azeite fresco e outro de supermercado, permitindo a comparação.
Assim, para a jornalista e criadora do Azeite Sabiá, o turismo rural é fundamental para o azeite brasileiro. “Produzimos um azeite premium, fresco, diferente de todos os importados que estamos acostumados, já que não há a necessidade de atravessar o Atlântico”.
O azeite extravirgem premium, como o produzido na Serra da Mantiqueira, é um produto novo, reforçando que o azeite é o melhor produto para a nossa saúde e quanto mais fresco, melhor.
“Nossa missão é mostrar para os brasileiros que o melhor azeite não é o importado, mas sim o extra virgem premium, fresco, produzido no nosso país”, finalizam os fundadores do Azeite Sabiá.
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