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Fazendas verticais: conheça essa tendência

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Descubra como as fazendas verticais podem revolucionar a agricultura urbana mundial, garantindo alimentos frescos, seguros e sustentáveis o ano todo.

Você já ouviu falar em fazendas verticais? Este é um conceito que parecia pertencer apenas à ficção científica, mas tudo indica que ele é uma realidade mundial. 

Mas o que são essas fazendas? A resposta é simples.

Imagine um prédio com múltiplos andares dedicados ao plantio de verduras e legumes em que todas as variáveis são controladas eletronicamente, impedindo a presença de pragas e doenças. Esse é o grande foco das fazendas verticais!

Elas são uma tendência tecnológica que está mudando a forma como produzimos alimentos.

E, focada nas maiores novidades tecnológicas do agronegócio mundial que a Agrishow Digital elaborou este artigo sobre essas modernas fazendas. Nele, apresentaremos o que são essas inovações, seus benefícios, desafios e oportunidades. 

O que são fazendas verticais?

Segundo estimativa das Nações Unidas (ONU), o mundo deve ter 9,7 bilhões de pessoas em 2050. Para atender a demanda mundial por alimentos daqui a 30 anos, a produção deve crescer aproximadamente 70%! Muita coisa, não é?

Diante deste desafio, a agricultura mundial foca suas pesquisas em inovações que permitam uma maior produção agrícola no menor espaço possível. As fazendas verticais atendem estes requisitos com excelência.

Elas são representadas por estruturas destinadas ao plantio de vegetais em camadas verticais (semelhante aos prédios). 

Para isso, há o uso de meios tecnológicos para a sobreposição de produção na mesma área, ou seja, a produção é intensificada e otimizada, com o aproveitamento do espaço aéreo sobre o solo. 

Além disso, em uma fazenda vertical, a produção é feita de maneira totalmente protegida e com todas as variáveis controladas, como a iluminação, água, circulação de ar, temperatura, nutrientes etc. 

Logo, são também uma resposta do agronegócio mundial para enfrentar as mudanças climáticas, já que geadas, excesso de água, secas e queimadas deixam de ser um problema.

Tipos de fazendas verticais

As fazendas verticais têm uma diversidade de configurações. A escolha do tipo depende de diversos fatores, como o tipo de cultivo, escala de produção, disponibilidade de recursos e objetivos específicos.

Conheça os principais tipos de fazendas verticais:

Hidroponia 

É o método mais comum. Nela, as plantas crescem em uma solução nutritiva líquida, sem a presença do solo. 

Aeroponia 

Neste sistema, as raízes das plantas ficam suspensas no ar e são borrifadas com uma solução nutritiva. Essa técnica permite uma maior aeração das raízes, além de um uso ainda mais eficiente da água.

Aquaponia 

Combina a criação de peixes com o cultivo de plantas. Nela, os dejetos dos peixes servem como fertilizante para as plantas. Elas, por sua vez, filtram a água para os peixes, criando um sistema autossustentável.

Vantagens das fazendas verticais

As fazendas verticais oferecem uma série de vantagens, especialmente quando comparadas à agricultura tradicional (horizontal).

Elas têm a capacidade de promover inovações radicais na maneira com que o alimento é produzido. Sua adoção aumenta a responsabilidade de produzir alimentos dos centros urbanos. 

Entre as principais vantagens, se destacam:

  • Ganho de produtividade: com a fazenda vertical há um aumento significativo da produtividade por área cultivada, otimizando o uso do espaço e reduzindo o desperdício durante a produção;
  • Sustentabilidade: por ser um ambiente totalmente controlado, a fazenda vertical contribui com a redução do consumo de água, agrotóxicos e energia, minimizando o impacto ambiental e tornando a produção sustentável;
  • Possibilidade de produção em larga escala: as fazendas verticais ajudam no atendimento da demanda de grandes centros urbanos, garantindo o abastecimento de alimentos frescos e saudáveis;
  • Maior qualidade: a agricultura vertical produz produtos frescos e com alta qualidade, já que estarão livres de pragas e doenças, além ações climáticas danosas;
  • Acessibilidade: a possibilidade de produção em locais urbanos é uma forma de aproximar o alimento dos grandes centros consumidores;
  • Ganho de eficiência: o maior controle sobre o processo de produção é uma forma de otimizar recursos e reduzir perdas;
  • Estimula o empreendedorismo: com o crescimento do segmento, novas oportunidades de negócios e investimentos surgem no setor agroalimentar, estimulando novos negócios.

E para o Brasil?

No mundo, muitas são as fazendas verticais em operação e com excelentes resultados. Ainda estamos engatinhando no Brasil, mas diferentes modalidades de fazenda vertical já estão no radar. 

Mesmo com nossas dimensões continentais, que estimulam a produção tradicional em larga escala, as vantagens de uma fazenda vertical estimula empresários do agronegócio nacional a olhar para o modelo de “fazenda do futuro”.

Por aqui, alguns são os fatores que podem estimular novos investimentos. Veja:

  • Combate à fome e à insegurança alimentar, diante do aumento da produção de alimentos em áreas com recursos hídricos limitados;
  • Geração de emprego e renda, com a criação de novas oportunidades de trabalho em áreas urbanas e rurais;
  • Redução da dependência de importações, elevando a autossuficiência na produção de alimentos;
  • Possibilidade de desenvolvimento regional, impulsionando o desenvolvimento de comunidades em áreas com infraestrutura precária.  

Porém, há alguns desafios que ainda impedem maior popularização dessa tendência. Falaremos sobre eles a seguir:

Desafios para a implantação das fazendas verticais

As fazendas verticais apresentam inúmeras vantagens, inclusive para a agricultura nacional. Entretanto, ela tem seus desafios que merecem atenção:

  • Alto investimento inicial: por ser uma técnica ainda nova, as fazendas verticais requerem investimentos significativos em infraestrutura, iluminação específica, ambiente climatizado e sistemas de controle da operação;
  • Consumo de energia elevado: embora utilizem menos água, terra e agrotóxicos, as fazendas verticais costumam exigir altos volumes de energia;
  • Variedade limitada de culturas: mesmo com o avanço da tecnologia, o estado atual da agricultura vertical ainda foca em culturas de crescimento rápido e de baixa estatura. Com isso, muitos alimentos básicos ainda não são cultivados nestes sistemas;
  • Lacuna de competências e conhecimentos: os métodos agrícolas tradicionais nem sempre se traduzem diretamente na agricultura vertical. Logo, há a necessidade de transferência de conhecimento e treinamento para dominar esta nova arte.

Ou seja, as fazendas verticais ainda exigem investimentos significativos para implantação e manutenção. 

Apesar disso, grandes especialistas ao redor do mundo acreditam que a agricultura vertical tem tudo para representar o futuro da produção de alimentos, principalmente diante das mudanças climáticas e do aumento da população mundial.

Quer ficar bem-informado sobre as principais tendências e novidades da agricultura mundial? Então continue acompanhando a Agrishow Digital

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