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Bioeconomia do Cacau: celebre o Dia Mundial do Ouro Negro da floresta

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Visando sistemas mais eficientes, sustentáveis e resilientes, o investimento em bioeconomia do cacau gera uma série de benefícios para produtores no âmbito social, ambiental e econômico.

tiliza cacau brasileiro contribui para a economia nacional, atendendo a demanda da indústria chocolateira nacional e também exportando derivados de cacau para diversos mercados, sendo o Brasil um hub de exportação de derivados. 

Ainda segundo a associação, a produção de amêndoas no Brasil está em torno de 220 a 230 mil toneladas de cacau, com a indústria moageira brasileira, em 2023, tendo processado mais de 250 mil toneladas de cacau.

Bioeconomia do cacau. Por que o setor precisa pensar nisso?

O mercado interno do cacau vive uma fase de expansão. Mas, aliado a isso há uma crescente preocupação com a sustentabilidade e consciência ambiental.

Para isso, a região sul da Bahia, que é uma grande produtora, tem investido consideravelmente em pesquisa, inovação e práticas sustentáveis relacionadas à cacauicultora, com destaque para a bioeconomia do cacau.

Para Anna Paula Losi, presidente-executiva da AIPC (Associação das Indústrias Processadoras de Cacau), a bioeconomia do cacau refere-se ao uso sustentável e eficiente dos recursos biológicos relacionados ao cultivo, processamento e comercialização do cacau.

A aplicação da bioeconomia neste setor inclui práticas agrícolas sustentáveis, métodos de processamento que minimizam o impacto ambiental e estratégias para melhorar a qualidade de vida dos produtores”.

O objetivo destas pesquisas é promover o desenvolvimento do setor sem comprometer a vegetação nativa, agregando valor à produção e demonstrando a viabilidade de unir o consumo responsável com as demandas da economia global.

Impactos socioeconômicos e ambientais bastante significativos

De forma geral, a bioeconomia representa uma interseção entre ciência, tecnologia e sustentabilidade capaz de oferecer um caminho promissor para a redefinição dos processos produtivos. 

No caso do cacau, que é um dos pilares da economia agrícola em muitas regiões, como o sul da Bahia, a implementação estratégica da bioeconomia certamente funciona como um catalisador para a transformação positiva de todo o setor.

Para Anna Paula Losi, a aplicação da bioeconomia do cacau tem impactos positivos bastante expressivos, como a geração de empregos, o aumento da renda dos agricultores e a preservação de ecossistemas. 

A implementação de práticas sustentáveis na produção do cacau é fundamental para diferenciar a produção de cacau brasileira e assim no futuro, quando formos autossuficientes na produção destas amêndoas, possamos retomar a relevância no mercado global de cacau”, complementa.

Desafios e perspectivas da bioeconomia do cacau

Certamente, o produtor brasileiro tem muito a comemorar no Dia Mundial do Cacau, já que o ouro negro da floresta brasileira tem tido crescimentos consecutivos quanto à produção, produtividade e qualidade. 

Apesar da produção nacional do cacau estar em constante crescimento e com a análise positiva do mercado, há ainda alguns desafios que precisam ser vencidos pelo segmento quanto à aplicação da bioeconomia.

Os principais desafios incluem acesso à assistência técnica e a crédito para os produtores. Há também maior dificuldade em aumentar a produção de mudas/sementes, assim como a renovação de áreas produtivas que estão envelhecidas. 

No entanto, também existem perspectivas positivas. Elas estão associadas à crescente demanda por produtos de cacau sustentável, impulsionada pelo aumento da conscientização sobre questões ambientais e sociais. 

Para Ana Losi, as inovações tecnológicas, certificações de sustentabilidade e iniciativas de comércio justo podem contribuir para melhorar a bioeconomia do cacau, promovendo práticas mais sustentáveis e éticas na cadeia produtiva. 

Temos no Brasil todas as características para superar os desafios, principalmente porque nossos produtores são comprometidos com o meio ambiente”. 

A presidente-executiva da AIPC destaca ainda que a produção de cacau no Brasil conversa com o meio ambiente, convivendo com a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, de onde o cacau é originário. 

O cacau também tem um enorme potencial de recuperação de áreas degradadas, tendo sido usado em diferentes projetos com este objetivo, tanto nas áreas tradicionais como em novas áreas como no Estado de São Paulo e no Oeste da Bahia e no Ceará”.

Assim, a união de esforços entre governos, indústria e comunidades locais pode superar os desafios mais complexos, visando o estabelecimento de uma produção de cacau verdadeiramente sustentável.

Isso promoverá não apenas o bem-estar econômico, mas também a conservação ambiental e o desenvolvimento social das regiões produtoras.

Quer saber mais? Então confira como funciona o incentivo para a geração de créditos de carbono em florestas nativas

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