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Você é pecuarista? Saiba como aproveitar crises externas

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Você é pecuarista? Saiba como aproveitar crises externas

Em março de 2019 uma crise de grandes proporções atingiu a produção pecuária australiana: inundações recorrentes mataram cerca de meio milhão de animais, uma perda de 5% no total de abates da Austrália. Essa crise australiana pode gerar novos negócios para o Brasil - que atualmente ocupa a liderança mundial na exportação de carne bovina. Mas o pecuarista brasileiro precisa estar atento ao que ocorre com o mercado e preparado para atender demandas dentro deste competitivo setor.

Crises mundiais que o pecuarista nacional deve estar atento

A crise enfrentada pela Austrália é só mais uma crise que a pecuária está sujeita. Isso porque vários são os eventos que preocuparam a pecuária mundial ao longo de sua história recente. Tomamos como exemplo o mal da Vaca Louca na Inglaterra (na década de 1980) ou as recorrentes secas na produção pecuária argentina e uruguaia. Além desse tipo de crise, o pesquisador da área de pecuária do Cepea, Thiago Bernardino, ressalta que há também aquelas crises mundiais que afetam a economia como um todo, com efeitos também sob a pecuária.

As crises mais amplas enfrentadas pelo pecuarista nesse sentido são relacionadas, principalmente, a crises financeiras - como volatilidade do câmbio - crises comerciais e guerra no preço do petróleo”.

Tomando como base a amplitude desse tipo de crise, a pecuária brasileira, é claro, também está sujeita a sofrer. Por isso é essencial que o pecuarista esteja sempre atento aos variados fatores relacionados à crise e pondere o uso de mecanismos para evitar ou ao menos contornar esses eventos.

Como deixar a pecuária “no ponto” para se aproveitar da crise?

Como visto, diferentes são os tipos de crises que a pecuária mundial pode se sujeitar. Por isso, pecuaristas brasileiros precisam deixar sua produção e seu sistema de gestão sempre no ponto e muito bem alinhado.

O pesquisador do CEPEA explica que é necessário que a atividade passe por uma análise sistêmica de quatro pilares na pecuária: produção, comercialização, finanças e recursos humanos.

Conseguindo gerir e administrar esses quatros pontos, a possibilidade de um uso potencial dos fatores de produção na propriedade irá fazer com que a produção de carne seja mais eficiente”, explica. Bernardinho diz ainda que esses fatores devem ser, evidentemente, somados às demandas e tendências que o mercado e o consumidor desejam para seu consumo.

Por outro lado, é importante lembrar que, como atinge a pecuária mundial, uma crise pode também afetar a pecuária brasileira. Por isso, Bernardino acredita que um bom enfrentamento da crise passa pela priorização de uma boa gestão, essencialmente gestão da informação.

Saber a real estrutura e condição da produção irá contribuir para que crises sejam menos impactantes para a atividade pecuária. Além disso, ter um bom diagnóstico e informações de qualidades facilitarão o planejamento e reduziram impactos externos”.

Já nas crises de comercialização, Bernardino explica que há ferramentas que dão a possibilidade de os pecuaristas se protegerem de oscilações de mercado, assim como aumentarem sua margem.

Crises externas? Se prepare para oportunidades

No mundo dos negócios há uma máxima que diz: “Toda crise gera uma nova oportunidade! ” Essa máxima também se faz presente para os negócios ligados à pecuária, onde qualquer crise num concorrente, pode beneficiar o pecuarista brasileiro. Porém para se aproveitar da crise é preciso muito trabalho para aproveitar tais oportunidades.

Isso ocorre porque os negócios ligados à pecuária dependem de acordos bilaterais, segurança da produção, qualidade do produto, etc. Mas, mesmo diante dessa dificuldade, Bernardino diz que o pecuarista brasileiro pode (e deve) se preparar!

O pesquisador do CEPEA explica que a pecuária brasileira, como um todo, deve focar em sanidade e qualidade do produto, assim como em negociações bilaterais. “Em um negócio, ambas as partes possuem produtos que querem vender, assim como anseiam comprar”, diz.

Baseado nisso, Bernardino explica que os responsáveis pela pecuária do Brasil precisam, como um todo, cuidar da segurança da produção e qualidade do produto. Mas, por outro lado, deve trabalhar com maior contundência nas relações exteriores.

Com essas ações, a pecuária brasileira estará abrindo o mercado nacional para o mundo, estabelecendo um canal de comércio maior”, finaliza.

Dessa forma, ocorrendo ou não uma crise mundial, a pecuária brasileira conseguirá atingir novos mercados, mostrando todo seu potencial na produção de uma carne de qualidade e segura.

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