O período mais frio do ano chegou e com ele a pecuária precisa se preparar. Nesse período, a nutrição de bovinos de corte enfrenta uma fase bastante crítica, em que há a queda do nível de pastagens perenes, resultando em forrageiras que apresentam menor volume e qualidade para os animais.
Se nada for feito para este período, os animais podem emagrecer de forma indesejada e haverá perda da produtividade. Mas é possível evitar esse tipo de problema com a adoção de alguns cuidados especiais relacionados à nutrição de bovinos de corte.
Neste sentido, o planejamento, a integração (ILP e ILPF) e o uso de aditivos são excelentes estratégias para que o pecuarista enfrente este período sem maiores problemas.
Estratégias para garantir melhor nutrição de bovinos de corte no inverno
Quando a palavra inverno aparece na soleira da porta do pecuarista, é o fantasma do famoso “boi-sanfona” que ele enxerga, ou seja, o boi ganha peso no verão, perde peso durante o inverno e volta a ganhar peso no período seguinte.
Para evitar isso, Luciano Morgan, gerente de categoria Bovinos de Corte da área de Ruminantes da DSM, explica que o pecuarista deve realizar todo o planejamento da oferta de forragens e adequações nutricionais da dieta do rebanho. “Somente com esse planejamento que o desempenho alvo do rebanho será alcançado”, diz.
Dessa forma, Morgan afirma que algumas estratégias devem ser adotadas. “Para os rebanhos é indicado fazer a reserva de capim (vedação) antes da estação seca para uso nos meses de estiagem”.
Aliado a isso está a suplementação nutricional via suplementos proteicos é essencial, pois garantirão o equilíbrio nutricional demandado pelo animal.
Outra opção bastante empregada pelos produtores neste período é o uso de suplementos com ureia, proteínas vinda de farelos, macro e micro minerais, além de aditivos para proporcionar uma melhor digestibilidade dos capins, maior consumo e correção proteica. “Essas estratégias terão excelente reflexo para um desempenho adicional do gado”, completa o gerente da DSM.
ILP: boa estratégia para se preparar para o inverno
Comum na região sul do país, a integração lavoura-pecuária (ILP) é outra alternativa bastante eficiente para a nutrição de bovinos de corte, ajudando o pecuarista a enfrentar o período de escassez, como explica Luciano Morgan.
“Em fazendas de pecuária que possuem áreas que buscam a sinergia entre a agricultura e a pecuária, a integração (ILP) é uma prática cada vez mais encontrada. A diversificação das atividades de agricultura e de pecuária podem garantir a produtividade da terra durante todo o ano”, diz Morgan.
Dentre os benefícios dessa atividade, o gerente lista:
- Reforma das pastagens degradadas;
- Melhora das condições físicas e biológicas do solo;
- Volta da fertilidade do solo;
- Favorece a oferta de carne e leite
E os benefícios da ILP, segundo Morgan, vão além. Para a agricultura ele diz que temos uma safra adicional no período, conhecida como Safra de arroba. Para a pecuária temos uma excelente oferta de forragens de boa qualidade em um período crítico do ano.
“Em resumo, teremos uma perfeita interação e sinergia, resultando em melhor nutrição de bovinos de corte”, completa.
Demais estratégias que funcionam muito bem para o inverno
Outra opção para amenizar os efeitos do inverno no pasto e melhorar a nutrição de bovinos de corte é investir no melhoramento do campo. Para isso, vale cultivar pastagens propícias para o inverno e que que se adaptam bem às baixas temperaturas.
Mesmo dando bons resultados, essa opção é mais trabalhosa, envolve tempo e mais capital para investimento.
A suplementação da nutrição de bovinos de corte é outra boa alternativa para as mudanças climáticas. Morgan recomenda aos produtores o fornecimento de uma suplementação nutricional com aditivos melhoradores de desempenho que ajudarão a melhorar a eficiência alimentar (conversão) dos animais.
O uso de aditivos, como narasina, monensina e virginiamicina são os aditivos adotados para proporcionar melhor aproveitamento dos nutrientes da dieta e alto desempenho do animal.
“Essa estratégia aumenta a margem de segurança na busca dos índices zootécnicos positivos e, consequentemente, a produtividade e a rentabilidade da fazenda”, completa o gerente de ruminantes da DSM.
Com essa opção será possível repor nutrientes necessários, evitar a perda de peso, melhorar a saúde do gado e produzir carne com mais qualidade.
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