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Agronegócio na bolsa de valores: por que o investimento é uma boa oportunidade?

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Com o crescimento dos Fiagros, o agronegócio está aumentando sua participação na bolsa de valores, indicando uma excelente opção de investimento para pessoas físicas.

O agronegócio enfim está conquistando espaço na bolsa de valores. Segundo um recente estudo divulgado pela B3, o número de investidores pessoas físicas que aplicam em produtos relacionados ao setor (caso dos Fiagros) alcançou 1,6 milhão em dezembro de 2022.

Hoje, há atualmente 13 empresas do agronegócio listadas na B3, quase o dobro do que há 10 anos (eram 7 em 2013). As expectativas indicam crescimento para os próximos anos.

Todo esse crescimento não é por acaso: Na economia brasileira, a agroindústria é um dos principais pilares, sustentando nosso PIB há vários anos, inclusive naqueles períodos de crise.

Para entender mais sobre este crescimento dos Fiagros e demais modalidades de investimento agro na bolsa de valores, conversamos com Louis Gourbin, superintendente de Commodities da B3.

Empresas do agronegócio na bolsa de valores: crescimento expressivo nos últimos anos (e meses)!

Os produtos ligados ao agronegócio na B3 tiveram um salto significativo em números de investidores pessoas físicas e do volume aplicado em 2022. 

O setor, que inclui as LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais), teve um crescimento de público do varejo de 95%, chegando a 1,6 milhão de CPFs, e de 79% em volume aportado, alcançando R$ 411 bilhões em recursos.

Até o dia 22 de maio deste ano, a B3 já havia realizado o registro de mais de 75 mil CPRs. Em 2022, foram mais de 110 mil. 

Em 2023 (até 22/5), o estoque de CPRs na B3 somava mais de R$ 200 bilhões, volume 92% maior do que o apurado há um ano, financiando 230 tipos diferentes de produtos da cadeia do agronegócio. O volume de clientes também segue em crescimento, com aumento de 35% na quantidade de clientes ativos nos últimos 12 meses.

Além disso, na atualidade há 13 empresas que atuam no agronegócio listadas na B3, quase o dobro do que era relatado há 10 anos (7 em 2013).

Segundo Louis Gourbin, todo o registro traz transparência e segurança para o setor. “Essa medida dá visibilidade para o credor da exposição dos produtores e evita que o mercado superestime o custo do crédito”, diz. 

Além disso, a CPR registrada na B3 pode ser utilizada como lastro para operações do mercado de capitais como os CRAs, CDCA e Fiagros que são formas de diversificação de funding para o agronegócio.

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Principais modalidades de investimento do agronegócio

No Brasil, a B3 é o canal responsável por conectar investidores a investimentos. Possibilita ainda que os recursos privados cheguem a diversos setores da economia. 

Em relação ao agronegócio, Gourbin ressalta que a B3 oferece uma extensa gama de produtos que permitem aos investidores aportar seus recursos nesse setor. Entre eles estão: 

  • Ações de empresas do agro. “Atualmente 13 empresas estão listadas na B3 e, se considerarmos empresas de toda a cadeia produtiva, presente no Iagro B3, são 31 empresas”, indica o superintendente de Commodities da B3; 
  • CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio); 
  • LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio); 
  • Contratos futuros de milho, boi, café, soja e etanol; e 
  • Fiagros (Fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais). 

No caso dos Fiagros, Gourbin destaca o rápido crescimento da modalidade. 

O Fiagro foi lançado no final de 2021 e desde então tem crescido rapidamente, principalmente entre os investidores pessoa física. Em abril, quase 260 mil pessoas físicas tinham recursos investidos no produto, negociando em média R$ 20 milhões por dia”.

Há ainda os ETFs (fundo de investimentos listados em bolsa que replicam o desempenho de um índice de referência) ligados aos principais índices agro como o Iagro B3, o IFMILHO e o IFBO. 

Além destas modalidades, a B3 disponibiliza o ambiente para registro e negociação do CBIO. “Este é o crédito de descarbonização emitido por produtores e importadores de biocombustíveis para compensar as emissões de gás carbônico”, explica Gourbin.

Razões que explicam a expansão do agro na bolsa de valores

Já faz alguns anos que o agronegócio brasileiro vem se destacando com sua rápida evolução e crescimento. Naturalmente este é um movimento que gera aumento na busca por modalidades de investimento associadas ao segmento.

Nesse cenário, e em linha com toda modernização regulatória que vem acontecendo, Louis Gourbin cita dois produtos que vem se destacando:

Fiagros, que oferecem diversas possibilidades de investimentos em imóveis rurais, títulos de crédito e valores mobiliários. 

O produto se tornou uma fonte eficaz de financiamento via mercados de capitais, surgindo como alternativa para a captação de recursos, e ao mesmo tempo dando a possibilidade de os investidores participarem do dinamismo e crescimento do setor agropecuário”, salienta o superintendente de Commodities da B3.

CPRs, título representativo de promessa de entrega futura de produto agropecuário. 

Segundo Gourbin, a Cédula de Produto Rural tem uma característica bastante flexível. “As CPRs permitem que tanto as instituições financeiras, quanto o próprio setor do agro, como cooperativas e a indústria, financiem o produtor rural”, explica. 

Além disso, é um produto que tem sido bastante utilizado como lastro de outras emissões, como LCA e CRA.

Falando de produtos de investimento, o cenário de expansão de crédito, simultâneo ao bom momento da renda fixa com a alta de juros, tem, segundo Gourbin, gerado bastante atratividade para alguns instrumentos, como a LCA, que cresceu 65% nos últimos 12 meses, e o CRA, com 42% de crescimento.

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Dicas e recomendações para investir em Fiagros, CPRs e LCAs

Apesar das muitas facilidades de negociação na bolsa de valores atualmente conquistadas, muitos investidores, sejam eles do agro ou não, precisam estar atentos aos riscos envolvidos nessas operações, como ressalta Louis Gourbin.

Em qualquer investimento, é importante ter bem definidos os objetivos, expectativas e a aderência daquele produto ao perfil de investidor. É ele que define sua tolerância ao risco e estabelece quais ativos são mais indicados para cada pessoa”, recomenda. 

O especialista em commodities da B3 explica que para o mercado agro não é fundamentalmente diferente dos demais na sua dinâmica, mas ele salienta que há variáveis específicas que podem causar oscilações de preço, produtividade e oferta/demanda.  

Além das questões macroeconômicas, o agronegócio é influenciado por vários fatores externos como clima, logística, sazonalidade das safras, etc. Precisamos considerar estes fatores em nossos investimentos”, salienta.

Felizmente, o monitoramento destes fatores está mais acessível.  Hoje a tecnologia informa em tempo real as condições de clima e fatores que podem ter impacto no curto, médio e longo prazos. 

As grandes agências de notícias, assim como a imprensa e entidades especializadas, conseguem trazer uma visão clara do mercado sem sair do seu computador”, complementa Gourbin.

Por fim, é importante ressaltar que quem é do agro, além de poder participar desse mercado também como investidor, pode utilizar os produtos oferecidos para: 

  • Captar recursos; 
  • Proteger a sua produção ou consumo contra a volatilidade de preços com produtos direcionados para o hedge; e ainda 
  • Utilizar índices da B3 para acompanhar mercados setoriais como o IAGRO B3, o IFMILHO e o IFBOI, os dois últimos ligados aos contratos futuros das respectivas commodities, mas com a simplicidade e facilidade de negociação de um fundo negociado em tela.

Dessa forma, o crescimento do agronegócio brasileiro é constante. Consequentemente, o aumento da sua participação na bolsa de valores é um movimento natural que garantirá benefícios tanto para investidores quanto para quem capta crédito para crescimento de suas operações. 

Então, se você é investidor ou empresário rural, considere o investimento em Fiagros e demais modalidades relacionadas ao agro. Consulte um especialista e tenha bons resultados.

Aproveite para ler a entrevista com Felippe Serigati e conferir porque o agronegócio brasileiro caminha a passos largos para excelentes resultados em 2023

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