Você sabia que a silvicultura brasileira abrange uma área de 9,3 milhões de hectares que geram R$ 33,7 bilhões? Este é um dos muitos números, fornecidos pelo IBGE, que refletem o tamanho e a importância dessa prática agrícola no país.
A relevância é tão grande que no dia 7 de dezembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Silvicultura.
A data, instituída pela Lei 12.643 de 2012, é uma forma de conscientizar a sociedade sobre a importância da silvicultura para o país.
Mas afinal, o que é essa atividade e por que ela merece tanta atenção? Elaboramos este artigo com as respostas. Confira!
Mas afinal, o que é a silvicultura?
Muito representativa na economia brasileira, a silvicultura é a prática de cultivar, manejar e conservar florestas para a produção sustentável de madeira, papel, biomassa e outros produtos florestais.
O termo tem origem no latim e representa a união da palavra “silva”, que significa floresta e “cultura”, que faz referência ao ato de cultivar.
Logo, a silvicultura é a arte e a ciência que estuda as maneiras naturais e artificiais de restaurar e expandir as florestas.
Essa é uma atividade que inclui:
- Seleção de espécies;
- Plantio;
- Monitoramento do crescimento;
- Colheita sustentável das árvores.
Também envolve técnicas de manejo capazes de manter a saúde e a biodiversidade dos ecossistemas florestais.
Por que comemorar o Dia Nacional da Silvicultura?
A data serve para lembrar as pessoas da importância das florestas para a vida no planeta.
E isso faz todo sentido! Afinal, as florestas são os pulmões do planeta, sem elas não teríamos ar puro, nem água potável, nem muitos dos alimentos que consumimos.
Segundo a ONU, elas são o lar de mais da metade das espécies de animais, vegetais e insetos do mundo. Também combatem a mudança climática, captam o carbono presente na atmosfera e:
- Regulam o clima mundial;
- Protegem o solo;
- Conservam a biodiversidade;
- Mitigam a frequência e intensidade de eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, enchentes e ciclones tropicais;
- Fornecem recursos essenciais para a humanidade.
Assim, ao celebrar o Dia Nacional da Silvicultura, busca-se conscientizar a população sobre a importância de preservar e utilizar os recursos das nossas florestas de forma sustentável.
A lei também prevê que, na data, o poder público promova campanhas de esclarecimento e conscientização sobre a importância dessa atividade, direcionadas ao setor agropecuário e à população em geral.
Silvicultura e a economia: relação direta e com muitas possibilidades
Não há como contestar, a silvicultura desempenha um papel fundamental na economia brasileira, gerando diversos benefícios e impulsionando diversos estados.
Segundo o IBGE, Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, com R$ 7,5 bilhões (dados de 2022). Em seguida vem o estado do Paraná (R$ 4,8 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,8 bilhões).
A silvicultura é também uma fonte geradora de empregos e renda para milhões de pessoas em todo o país. Estima-se que 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos estão ligados à atividade.
Além disso, a cadeia produtiva da madeira envolve diversas atividades, desde o plantio e o manejo das florestas até a produção de móveis, papel e outros produtos.
Com isso, essa é uma atividade que contribui para o desenvolvimento de comunidades rurais, promovendo a fixação do homem no campo.
No entanto, mesmo com ótimos resultados, a silvicultura brasileira ainda enfrenta alguns desafios importantes e que exigem ações certeiras. Veja alguns deles a seguir.
Desafios da silvicultura no Brasil
De fato, a silvicultura tem grande importância para a economia nacional. Entretanto, ela ainda enfrenta diversos desafios.
São ameaças às nossas florestas e à atividade:
- Desmatamento ilegal:
- Exploração madeireira ilegal;
- Custos de produção;
- Mudanças climáticas.
Muitos destes desafios são decorrentes da falta de políticas públicas eficazes e do subfinanciamento da pesquisa e desenvolvimento.
Por outro lado, o setor florestal brasileiro também apresenta grandes oportunidades.
Com um trabalho eficiente e bem realizado, nossa silvicultura possui um enorme potencial para aumentar a produção de madeira de forma sustentável.
Com isso, consegue atender à crescente demanda por produtos florestais no mercado interno e externo.
Para isso, os avanços tecnológicos e metodológicos na área são fundamentais. Eles têm possibilitado uma gestão mais eficiente e sustentável das florestas.
Isso inclui:
- Técnicas avançadas de plantio;
- Silvicultura de precisão;
- Manejo integrado de pragas e doenças;
- Práticas de conservação do solo e da água.
Além destes pontos, o desenvolvimento da bioeconomia, que utiliza recursos renováveis para a produção de energia, produtos químicos e materiais, vem abrindo novas perspectivas para o setor.
O futuro da silvicultura no Brasil é agora!
Ao colocar os desafios e as oportunidades em uma balança, fica claro que o futuro da silvicultura no Brasil é promissor.
O setor tem se mostrado como um dos grandes campos de oportunidades em inovações disruptivas que contribuem com o aumento da performance operacional em campo.
Para que as expectativas futuras se confirmem, o segmento deve adotar inovações para garantir a eficiência e sustentabilidade do setor.
Logo, é necessário:
- Investir em pesquisas e tecnologias inovadoras;
- Fortalecer as políticas públicas de proteção ambiental;
- Promover a participação da sociedade na gestão dos recursos florestais.
E, nada melhor do que o Dia da Silvicultura para relembrar a importância de todos esses pontos.
A data é uma oportunidade para celebrar a importância das florestas e reconhecer o trabalho dos profissionais que atuam nesse setor.
Logo, os silvicultores e as empresas, como protagonistas da silvicultura nacional, têm muito a comemorar com a data e celebrar o desenvolvimento sustentável do país.
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