Você já ouviu falar em olericultura? Ela é um ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécies de plantas, habitualmente conhecidas como hortaliças.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a olericultura nacional movimenta 5 milhões de toneladas de hortaliças nas centrais de abastecimento do País, gerando cerca de R$ 269 bilhões por ano.

Logo, este é um segmento do agro brasileiro que emerge como protagonista para atender uma população que preza, cada vez mais, por uma alimentação saudável e segura. 

É também essencial para o desenvolvimento da agricultura familiar, gerando emprego e renda.

Diante da relevância da atividade, a Agrishow Digital elaborou este artigo. Nele, você conhecerá as múltiplas facetas da olericultura, desde sua importância até as técnicas de cultivo.

O que é a olericultura?

As hortaliças são alimentos bastante comuns no prato dos brasileiros. Com vasta gama de possibilidades, elas possuem muitos usos gastronômicos e são importantes fontes de vitaminas, sais minerais, fibras e antioxidantes essenciais à saúde.

Neste contexto, a olericultura se faz presente. Este é o ramo da agricultura dedicado ao cultivo de hortaliças diversas, além de ervas e vegetais. 

No Brasil, essa atividade é fundamental na geração de renda. É também a responsável por garantir o abastecimento de alimentos frescos e nutritivos para a população. 

Ela pode ser praticada em diversos sistemas de produção, desde grandes propriedades rurais até pequenas hortas familiares.

Inclusive, a agricultura familiar desempenha um papel crucial na olericultura brasileira. Os agricultores familiares são os principais fornecedores de uma grande parte das hortaliças consumidas no país. 

Pequenos produtores cultivam uma variedade de hortaliças em suas propriedades, muitas vezes utilizando técnicas tradicionais e adaptando-as às condições locais.

Olericultura e Horticultura: entenda as diferenças

Por muitas vezes, a olericultura é confundida com a horticultura. De fato, estes são dois ramos essenciais para a agricultura, desempenhando papeis complementares na produção de alimentos. 

Mas há algumas distinções importantes que refletem as diferentes culturas que cada um abrange. 

Conforme artigo do SENAR, a olericultura concentra-se no cultivo de plantas herbáceas cujas partes comestíveis são consumidas frescas, como folhas, caules ou raízes. 

Consequentemente, abrange uma ampla gama de hortaliças, como alface, espinafre, cenoura e rabanete. Também está relacionada à produção de alimentos frescos e saudáveis.

O termo horticultura, por sua vez, é mais abrangente. Além das hortaliças, engloba também frutas, flores, plantas ornamentais e ervas medicinais.

A horticultura abrange uma variedade mais ampla de culturas destinadas à alimentação, decoração e fins medicinais.

Importância da olericultura no Brasil

No Brasil, a olericultura encontra uma rica diversidade de climas e solos, permitindo a produção de uma ampla variedade de hortaliças durante todo o ano.

Com isso, temos um mercado altamente diversificado e segmentado, com dezenas de olerícolas sendo comercializadas e consumidas nas diferentes regiões do país, inclusive com possibilidades de exportação.

Consequentemente, essa é uma atividade com vários benefícios, com destaque para:

  • Segurança alimentar: a olericultura contribui significativamente para a segurança alimentar, fornecendo uma fonte de vitaminas, minerais e fibras essenciais para uma dieta saudável;
  • Diversidade de culturas: a atividade incentiva o cultivo de uma grande variedade de hortaliças, o que contribui para uma alimentação mais equilibrada e nutritiva;
  • Estimula a economia local: a olericultura gera emprego e renda para comunidades rurais.

Ainda sobre a geração de empregos, a Abrafrutas destaca a representatividade da olericultura. Ela gera 7 milhões de empregos distribuídos em aproximadamente 2,6 milhões de hectares.

Como cultivar hortaliças? 

O cultivo de hortaliças exige uma série de cuidados, como: preparação do solo, escolha de sementes ou mudas de qualidade, irrigação, adubação e controle de pragas e doenças. 

Consequentemente, as técnicas de cultivo podem variar de acordo com o tipo de hortaliça, o clima e as condições do solo. 

Mas, algumas são as técnicas mais utilizadas na olericultura, incluindo:

  • Plantio direto: as sementes são plantadas diretamente no solo, sem a necessidade de preparo prévio da sementeira;
  • Transplante: as mudas são produzidas em sementeiras e posteriormente transplantadas para o campo;
  • Irrigação: a água é essencial para o desenvolvimento das hortaliças. Logo, a irrigação pode ser realizada por diversos métodos, como a irrigação por gotejamento e a aspersão;
  • Adubação: adubar as plantas é essencial! É ela que fornece os nutrientes necessários para o crescimento das plantas. Pode ser utilizada adubação orgânica ou mineral;
  • Controle de pragas e doenças: o controle da presença de pragas e doenças é outra medida fundamental. Sua função é garantir uma boa produção. Pode ser realizado por meio de métodos culturais, biológicos ou químicos.

Além disso, essa prática agrícola pode ser adaptada a diferentes condições climáticas e recursos disponíveis. 

Ela pode ser praticada em diferentes sistemas de produção, caso do cultivo orgânico, hidroponia, e cultivo protegido. Com isso, é possível maximizar a produtividade e a eficiência do uso dos recursos, tornando a olericultura mais sustentável.

Sendo assim, algumas práticas sustentáveis podem ser aplicadas, tais como:

  • Rotação de culturas: ajuda a controlar pragas e doenças, melhorar a fertilidade do solo e reduzir a erosão;
  • Uso de adubos orgânicos: os compostos naturais e o esterco são produtos que melhoram a qualidade do solo e reduzem a necessidade de fertilizantes químicos;
  • Conservação da água: a adoção de técnicas de irrigação eficientes, como a irrigação por gotejamento, ajuda a economizar água e reduzir os custos de produção.

Perspectivas futuras animadoras

A olericultura brasileira apresenta um grande potencial de crescimento, impulsionada pela crescente demanda por alimentos saudáveis e nutritivos e pela nossa experiência na produção de alimentos.

Por consequência, as perspectivas futuras para o setor são positivas, com a possibilidade de: 

  • Aumento da produção; 
  • Diversificação de culturas; 
  • Adoção de tecnologias mais eficientes e sustentáveis.

Logo, a tendência é que a olericultura continue a crescer e se fortalecer nos próximos anos. Se prepare e faça parte dessa força do agro.

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