A pitanga, com sua cor vibrante e sabor agridoce que agrada muitos paladares, é uma fruta nativa do Brasil com diversos benefícios à saúde. 

Rica em vitamina C, antioxidantes e outros nutrientes essenciais, a pitanga é utilizada em diversas preparações culinárias, como sucos, geleias e licores. Possui também propriedades medicinais expressivas. 

Sua produção, no entanto, exige alguns cuidados importantes quanto ao clima, tipo de solo e estratégias de plantio. Somente assim é possível garantir frutos de qualidade e um bom rendimento. 

Para apresentar este fruto, a Agrishow Digital preparou este artigo. Nele, você conhecerá os detalhes sobre o cultivo da pitanga, desde o plantio até a sua comercialização.

O que é a Pitanga?

A pitanga (Eugenia uniflora) é o fruto da pitangueira, uma árvore nativa da Mata Atlântica e muito comum em todo o Brasil por se adaptar e reproduzir com muita facilidade. 

Pertencente à família Myrtaceae, a pitanga apresenta uma forma arredondada e uma coloração que varia do verde ao vermelho intenso quando madura. 

Seu sabor é caracterizado por um equilíbrio entre o doce e o ácido, com um leve toque adstringente.

Por ser nativa, ela é cultivada em todas as regiões do Brasil. Entretanto restringe-se a Pernambuco e Bahia na produção comercial.

Existem diversas variações de pitanga, que se diferenciam pela cor, tamanho e sabor. As principais espécies cultivadas no Brasil são:

  • Pitanga vermelha: a mais comum, com frutos de cor vermelha intensa e sabor agridoce;
  • Pitanga preta: apresenta frutos de cor roxo-escura, quase preta, e sabor mais doce;
  • Pitanga amarela: menos comum, com frutos de cor amarela e sabor mais suave.

E, entre essas espécies, existem diversas variedades cultivadas no Brasil. Elas são selecionadas por características como tamanho do fruto, produtividade e resistência a doenças.

Dicas para plantar pitanga

O pé de pitanga se adapta com certa facilidade em diferentes climas e regiões. Em geral, se adapta muito bem a condições diversas, por ser uma espécie resistente e fértil.

Mas, vale reforçar que a planta tem melhor desenvolvimento sob sol e solo úmido. Também não resiste a climas muito frios e regiões que ocorrem geadas intensas. 

Acompanhe abaixo algumas características para ter sucesso no cultivo de pitanga.

Condições ideais de clima e solo

A pitangueira é uma planta que prefere climas tropicais e subtropicais, com temperaturas entre 20°C e 30°C e boa distribuição de chuvas ao longo do ano. Pode tolerar geadas leves, porém não se desenvolve bem em climas muito frios.

A pitangueira prefere solos: 

  • Férteis; 
  • Bem drenados; 
  • Com boa capacidade de retenção de umidade;
  • pH que varia entre 5,5 e 6,5. 

Dessa forma, antes do plantio, é recomendável realizar uma análise de solo para verificar a necessidade de correção de pH e de adubação. 

A adubação orgânica, com esterco curtido ou composto orgânico, é fundamental para garantir o bom desenvolvimento da planta.

Plantio

A melhor época de plantio da pitangueira varia conforme a região, mas geralmente ocorre durante a estação chuvosa, entre a primavera e o verão. Este processo pode ser feito por meio de sementes ou mudas. 

O plantio por mudas é mais rápido e garante a qualidade genética da planta. No caso das sementes, a germinação leva um período de 20-25 dias. 

Além disso, em climas muito quentes, a planta deve ser irrigada muitas vezes durante os 10 primeiros dias.

O espaçamento entre as plantas também varia. É preciso considerar o porte da variedade e o sistema de plantio adotado. 

Em geral, recomenda-se um espaçamento de 4 a 6 metros entre as plantas. O sistema de plantio em fileiras é o mais comum, facilitando os tratos culturais e a colheita.

Cuidados para melhores resultados

A pitangueira depende de alguns cuidados para que possa produzir bem. Eles são relativamente simples, mas muito necessários. Veja:

  • Irrigação: é importante durante os primeiros anos de vida da planta e em períodos de seca. A irrigação por gotejamento é a mais eficiente, pois economiza água e evita o encharcamento do solo;
  • Fertilização: a adubação deve ser feita regularmente, com adubos orgânicos e minerais, de acordo com as necessidades da planta;
  • Controle de pragas e doenças: o controle deve ser feito com produtos específicos, seguindo as recomendações de um agrônomo. A poda de limpeza e aeração da copa também auxiliam na prevenção de doenças.

Vale reforçar que as principais pragas da pitangueira são as moscas-das-frutas e os pulgões. Já as principais doenças são a ferrugem e a antracnose.

Colheita e pós-colheita

A colheita da pitanga é feita manualmente. Ela deve ocorrer quando os frutos atingem a coloração e o ponto de maturação ideais. 

A melhor época de colheita depende da região e da variedade, mas geralmente ocorre entre os meses de outubro e janeiro, e também entre março e abril.

Após a colheita, os frutos devem ser selecionados, lavados e armazenados em local fresco e arejado. Importante reforçar que a pitanga é uma fruta perecível, logo o consumo ou processamento deve ser feito o mais breve possível.

Tal medida exige uma boa logística de transporte do campo para o mercado consumidor, garantindo a qualidade do fruto.

Como funciona a comercialização da pitanga?

A pitanga pode ser comercializada de duas formas:

  • In natura, em mercados locais, feiras e supermercados; 
  • Processada, na forma de sucos, geleias, licores e outros produtos. 

Sua embalagem deve ser adequada para garantir a conservação e a apresentação do produto. Embalagens de plástico ou bandejas com filme plástico são as mais comuns, especificamente para a comercialização in natura. 

Para produtos processados, embalagens de vidro ou plástico com rótulo informativo são as mais indicadas.

Além disso, a pitanga pode ser comercializada diretamente ao consumidor final ou para empresas processadoras de alimentos. 

Por isso, a diversificação dos canais de comercialização é importante para garantir o escoamento da produção e o aumento da rentabilidade agrícola.

Ou seja, com os cuidados adequados, a produção de pitanga pode ser lucrativa e prazerosa para agricultores, além de contribuir para a valorização de uma fruta tão rica e saborosa, genuinamente brasileira.

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