Os principais desafios do agronegócio em 2025 estarão, provavelmente, centrados em três pontos: sustentabilidade, mercado de carbono e sucessão familiar.
São aspectos que irão nortear o nosso agronegócio não apenas no próximo ano, mas, ao que tudo indica, nos 05 anos seguintes também, por conta da complexidade e da necessidade de adequações amplas.
Em relação à sustentabilidade, o desafio está na comprovação e não na aplicação. Sabemos que os produtores rurais têm uma ampla conexão com o meio ambiente e que preservam os recursos naturais.
Nesse contexto, o desafio está na comprovação. Precisamos, urgentemente, de um selo único que ateste, de forma padronizada, a aplicação da sustentabilidade e dos demais pontos ESG no campo.
Se esse selo for criado por uma instituição/empresa brasileira que tenha respaldo internacional, o Brasil irá atingir os mais altos patamares de comercialização de nossos produtos agropecuários.
E o mercado de carbono?
Tenho conversado com muitos especialistas e também fiz, recentemente, um curso sobre o mercado de carbono.
O consenso é que o mercado de carbono não será uma terceira safra para o produtor rural, mas sim um possiblidade de investir os recursos obtidos com a venda de crédito para comprar insumos, adquirir tecnologia e/ou tomar a produção ainda mais estratégica.
O ponto de atenção é a precificação. Qual o valor de um crédito de carbono? Como esse valor será calculado?
Precisamos observar de perto esse cálculo.
E a sucessão familiar?
A sucessão familiar deve crescer intensamente em 2025, respaldada pela tecnologia e pela sustentabilidade. Na Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio, fizemos um estudo sobre sucessão familiar no agronegócio.
Os resultados apontam que os jovens têm preferência por atividades relacionadas à tecnologia, meio ambiente, governança e social.
O desafio está em conciliar as decisões das novas gerações com as dos atuais proprietários.
Torcemos para que o nosso agro se saia muito bem em relação a comprovação da sustentabilidade, precificação do carbono e a sucessão familiar.
Esses pontos são cruciais. Esses pontos irão nortear o futuro do nosso agro.
Vamos juntos, sempre!
Que venha 2025.
Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio. Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella (como é conhecido no mercado de agronegócio) é autor de diversos livros e artigos sobre comunicação e marketing. Idealizador do projeto “Alertas do Agronegócio”, que leva demandas do setor para o Executivo e o Legislativo, e fundador do site Marketing no Agronegócio.
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