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O Agro Mata

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Confira o novo artigo da Lilian Dias para sua coluna na Agrishow Digital!

“O Agro mata, sim.
O Agro mata a fome de mais de um bilhão de pessoas.
O Agro mata o desemprego, porque emprega mais de 28 milhões de brasileiros – pesquisa recente, saiu agora, fresquinha, em agosto de 2023.
O Agro mata de inveja a concorrência internacional.
O Agro mata de desgosto.
Isso, mata de desgosto pequenos e médios produtores rurais que são atrelados a crimes ambientais que não são praticados por eles.
Muito pelo contrário, eles preservam – coisa que, às vezes, a gente na cidade não faz.
O Agro só não mata uma coisa: a ignorância de quem desconhece o setor.
Ainda, porque a gente já está caminhando para isso.
O Agro vai matar essa ignorância.”

O texto acima é fruto de um vídeo que postei no meu Instagram e teve mais de 2 milhões de visualizações, 129 mil curtidas, 33 mil compartilhamentos, 3,4 mil comentários e 2,8 mil salvamentos.

E o que tornou essa comunicação tão atrativa, além de todas as verdades que ela carrega? O fato de possuir uma afirmação negativa (“O Agro mata”) totalmente ressignificada. Esta é a grande virada de chave que venho tentando transmitir há anos nas palestras que ministro sobre comunicação no Agro, bem como nos artigos que publico aqui no Agrishow Digital, que é a arte de responder ofensas feitas ao setor por meio de conteúdo educacional e com inteligência emocional, evitando revides grosseiros que só geram animosidades.

E como ter controle emocional diante de tantos absurdos e mitos que propagam sobre o setor? Muito simples: basta ressignificar, ou seja, dar um novo significado a cada afirmação negativa. Sigamos com outro exemplo de vídeo intitulado “O Agro é ogro – Ressignifique”, com milhares de visualizações. Antes, porém, de falarmos sobre o poder de ressignificar expressões que têm por objetivo destruir a imagem do nosso Agro, vamos entender como surgiu a palavra “ogronegócio”.

O termo foi dito pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao se referir ao setor durante uma explanação na Comissão do Meio Ambiente do Senado, em Brasília, em agosto de 2023. Como já era de se esperar, produtores rurais, representantes do setor e parlamentares ficaram indignados com a tratativa desrespeitosa ao segmento que, no fim das contas, representa e sustenta a economia brasileira.

A senadora Tereza Cristina respondeu à altura à ministra Marina Silva, com as seguintes palavras: “O agronegócio brasileiro não é ogronegócio. O agronegócio brasileiro, e a senhora sabe bem, ele hoje é baseado e lastreado em tecnologia, na ciência. A senhora mencionou a Embrapa. A Embrapa tem feito um trabalho fenomenal. Acho até que o serviço florestal brasileiro devia ser um pedaço da nossa Embrapa, para que pudesse realmente trabalhar com mais ciência. Agora, a senhora que tem tantos contatos no exterior, ao referir-se ao setor como ogronegócio, não estaria inadvertidamente favorecendo nossos concorrentes lá fora?” – questionou.

A senadora Tereza Cristina se posicionou de forma categórica; porém, extremamente educada, o que merece a nossa admiração. Entretanto, vou além, pois a questão é que, em vez de nos ofendermos, podemos ressignificar e ainda dizer que temos orgulho de ser “ogronegócio”, mostrando a real imagem do Agro com uma pitada de bom humor, conforme veremos abaixo num trecho do texto do vídeo “O Agro é ogro – Ressignifique”.

“Eu vou provar aqui, por A mais B, que o Agro é ogro com muito orgulho. Vê se você acompanha o meu raciocínio. Quem é o ogro mais simpático do planeta? Shrek. Shrek era o vilão do vilarejo. Era discriminado e no fim da história o herói tal qual o agronegócio, apontado como vilão, discriminado e, no fim das contas, é o herói da economia brasileira.”

Viu só? É assim que devemos começar a reagir e trabalhar a nossa comunicação, que, além de não ser violenta e trazer uma boa dose de bom humor, ainda enaltece o nosso setor.

E parafraseando o título deste artigo, o Agro precisa matar só mais uma coisinha: a sua timidez para você pegar o seu telefone celular e começar a propagar as coisas boas que você faz no campo, lançando mão de um farto conteúdo educacional e, claro, muito controle emocional para não se deixar levar pelas provocações gratuitas.

Os colunistas do Agrishow Digital são livres pra expressarem suas opiniões e estas não necessariamente refletem o pensamento do canal.

Lilian Dias é comunicadora Agro, jornalista especializada no setor e geriu a redação das duas maiores emissoras de televisão do agronegócio brasileiro. Possui MBA Executivo pela ESPM, com foco em habilidades de gestão de pessoas, práticas de liderança e marketing. É autora do e-book "Os Pilares do Agronegócio".

Site: www.novoagro.com.br e www.liliandias.com.br Instagram: @novoagrotv e @liliandias.agro Youtube: https://www.youtube.com/novoagrotv e https://www.youtube.com/liliandias E-mail: [email protected] e [email protected]

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