Durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, as congressistas tiveram a oportunidade de acompanhar diversas apresentações sobre sustentabilidade e projetos de regeneração agrícola. Um dos destaques do evento nesta quinta (24), foi a apresentação de um dos maiores programas de sustentabilidade em cafés do mundo, o Nescafé Plan, que promove um jornada regerenativa e de protagonismo feminino. 

Liliane Ceo, Supervisora Agrícola de Cafés da Nestlé, foi a moderadora o painel que recebeu Priscila Figueiredo, produtora na Fazenda Dona Alayde, e, Scheyla Pessi Kubit, da Kubit Café. 

A supervisora agrícola de cafés abriu o painel explicando sobre o incentivo à atuação feminina no campo como potencial estratégico para a transição dos sistemas alimentares e transição para sistemas regenerativos e o trabalho da Nestlé na promoção de parcerias com as produtoas rurais em todo Brasil e o fato da companhia se destacar pelo incentivo à jornada da atuação das mulheres no campo por meio de programas que oferecem cursos de gestão técnica e financeira das atividades rurais e sucessão familiar, todos alinhados à sustentabilidade. 

“O Nescafé Plan começou em 2011. Esse programa de sustentabilidade conta com 3 pilares: pessoas, natureza e conhecimento. Sempre integrando a comunidade local, promovendo o desenvolvimento da região e dessas pessoas”, explica Liliane sobre o Nescafé Plan. 

Scheyla Pessi dividiu sua experiência no mundo do café e como chegou até a Nestlé. “Tudo começou do meu sonho e do meu namorado em ter um negócio próprio, comprávamos de diversos produtores de café num posto de gasolina, usando o capô do carro como suporte. Depois, a dona do posto se solidarizou e ofereceu uma sala e uma mesa, dali fomos escalando nosso negócio”, conta. A Produtora de Águia Branca, no Espírito Santo, contou que por viver em uma cidade com 10 mil habitantes, muitas pessoas conheciam-se entre si e o projeto de cafés acabou se popularizando por lá. 

Depois de algum tempo funcionando neste modelo, Scheyla e o namorado foram convidados pela Nestlé para conhecer a fundo a cadeia de café. “Nós conhecíamos apenas da porteira para fora, o que chegava para gente dos produtores. Mas descobrimos todo processo da porteira para dentro, plantação, colheita, tudo”, comenta. 

Posteriormente, a Nestlé convidou os idealizadores da Kubit para rodar um projeto piloto de sustentabilidade, que aproximaria todos os cafeiculturores da região e implementaria a sustentabilidade na produção, com mais de 1 milhão de mudas distribuídas apenas no primeiro ano do projeto. Hoje, a Kubit Café administra 408 propriedades rurais nos programas 4C e UTZ Certified, que impulsionam o produtor a implementar boas práticas agrícolas. 

“Conseguimos apoiar muitas famílias, a cidade inteira evoluiu, quebramos paradigmas com o café e ainda conseguimos implementar um café certificado com os processos de rastreabilidade”, finaliza. 

Priscila Figueiredo também contou sua experiência com o mercado de cafés. “Meu pai faleceu muito cedo, não estava preparada para assumir uma fazenda e precisei aprender tudo do zero”, comenta. 

Figueiredo gostaria de implementar a sustentabilidade e sabia dos desafios que seriam enfrentados. “Ter o solo regenerado, produzir bons grãos e oferecer melhores oportunidades para os funcionários era essencial para fazer dar certo e é o quero continuar para o futuro da fazenda”, finaliza. 

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