Desde o início da agricultura, a elevação da produtividade sempre foi uma meta bastante clara. Inicialmente, trabalhadores usavam pequenas ferramentas para conseguir isso.
Mas foi a partir da revolução industrial que, via avanços tecnológicos, a agricultura teve altos ganhos em produtividade, inclusive no Brasil. Prova disso é um levantamento da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão que indica que 67% das propriedades agrícolas brasileiras usam algum tipo de tecnologia em seus processos. Entretanto, a tecnologia também avança e tudo indica que já estamos entrando em uma nova era: A era das máquinas autônomas. Mas será que as máquinas serão realmente 100% autônomas um dia?
Máquinas autônomas não são só tratores autônomos
Estima-se que mais da metade dos agricultores americanos (a maior economia agrícola do mundo) já utilizem alguma forma de direção automática, e a previsão para 2018 é que esse índice continue aumentando, chegando a quase 1/3 do total.
Na opinião de Frederico Correia, Arquiteto de Soluções de Agronegócio da Logicalis, o processo de automação de máquinas agrícolas deve seguir um processo crescente em todo o mundo. “O objetivo da automação será sempre o aumento da eficiência produtiva e por isso, continuará crescendo”, explica.
Porém, as máquinas autônomas não se resumem somente à tratores e colheitadeiras agrícolas que farão tudo sozinhas. Correia conceitua máquina agrícola como sendo todo mecanismo motor que presta serviço agropecuário.
“Com o avançar da tecnologia, tais atividades repetitivas de produção rural serão substituídas por máquinas no futuro, que inclusive poderão ser máquinas autônomas”, opina.
Neste contexto, Correia sugere duas inovações ligadas à autonomia que começam a serem utilizadas com bastante eficácia:
– Casas de vegetação abastecidas por máquinas computadorizadas que gerenciam as adversidades bióticas e abióticas automaticamente, com abertura e fechamento de telas e, controle de luminosidade e umidade.
– Drones com navegação programada para monitoramento de pragas e anomalias e, em alguns casos, controle das incidências na lavoura.
“Também já começamos a ver as grandes empresas de tratores aumentar as pesquisas para uso de máquinas autônomas que transitam em ambiente rural em segurança e realizam o trabalho pesado de plantio e colheita com máxima eficiência”, ressalta Correia. Projeções internacionais indicam que veículos totalmente autônomos serão vendidos comercialmente já em 2025.