Originária do sul da Índia há mais de 5 mil anos, é uma raça pura, mas pouco conhecida entre os zebuínos.
Chegaram ao Brasil da década de 1960, e atualmente são raros de serem vistos, mas são com certeza inesquecíveis. É uma raça com características rústicas, voltado para o corte, e sua carne tem o sabor de caça e seu leite é mais gorduroso que as demais. Já teve sua função ligada a tração devido sua forte musculatura. São animais de porte médio, ativos, ligeiros e potentes.
A comparação com um antílope é inevitável devido seus chifres serem bem no topo da cabeça e próximos um do outro. Quanto mais velho é o animal, mais próximos ficam os chifres e chegam a se cruzar no alto.
Assemelham-se ainda com a raça Guzerá, mas de acordo com o que se sabe, os animais não possuem parentesco.
Atualmente temos no Brasil apenas 3 produtores da raça, com rebanho voltado para sua preservação. Os irmãos Artur e Olímpio Risso de Brito, no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso respectivamente, que tem total admiração e respeito pela raça. Na minha busca por informações, tive a honra de trocar mensagens com Olímpio e é tangível o amor que transmite ao contar sobre o Kangayam, tanto que nomeou uma de suas propriedades @agropecuariakangayan – algumas das imagens do carrossel inclusive são do seu plantel.
Não foi fácil encontrar uma mulher produtora da raça, mas imaginem minha felicidade, na última tentativa, encontrei a sobrinha de Arlindo Maximiano Drummond do Haras Barreiro, no município de Ituiutaba em Minas Gerais, a administradora Talita Almeida Drummond Tetzner @talitadrummondtetzner
“Nosso intuito é preservar, tanto o Kangayam quanto outras raças puras zebuínas e também temos um banco de sêmen raro. A propriedade ainda conta com um museu de antiguidades @museu_veramaximianodrummond.”
Um trabalho lindo e louvável este de resguardar raças por amor às espécies, por amor à pecuária. Espero poder conhecer a raça ao vivo em breve!
Fonte: Canal Rural, Criador e Produtor,
Fotos e Vídeos: Talita Tetzner e Olimpio Risso de Brito