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8 cuidados para evitar acidentes com silos e sistemas de armazenagem

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O trágico acidente ocorrido em um silo graneleiro no Paraná acendeu o alerta para a adoção de diversas medidas de segurança na operação destes ambientes confinados.

Nas últimas semanas, tivemos a trágica notícia de uma explosão em um silo de armazenamento de grãos no estado do Paraná, deixando 9 trabalhadores mortos e 11 feridos.

Ainda não se sabe qual foi a causa do acidente, mas a “nuvem de poeira” gerada pelos grãos armazenados, especialmente milho, pode ter contribuído para a explosão.

Mas, essa é apenas uma das possibilidades que podem causar este tipo de acidente em um silo e demais sistemas de armazenagem. Mesmo muito seguro, este é um ambiente confinado sujeito a uma série de problemas, exigindo que medidas específicas de segurança sejam adotadas.

Por isso, convidamos Adriano Mallet, Diretor técnico da Agrocult, para falar sobre os principais cuidados que ajudam a evitar acidentes na operação do silo e demais sistemas de armazenagem.

O que são sistemas de armazenagem de grãos?

O uso do silo para o armazenamento de grãos é, geralmente, a maneira mais comum para que os produtores possam armazenar a produção dos grãos e ter o manejo daquilo que foi gerado. 

Mas, além dos silos, Adriano Mallet salienta que os sistemas de armazenagem englobam toda uma estrutura, destinada à recepção até o armazenamento seguro. 

Essas estruturas são compostas pela recepção de grãos (moega), onde a massa de grãos inicia seu processo de beneficiamento, na sequência passa pelas máquinas de limpeza para remoção das impurezas que vêm do campo, como vagem, talos etc..., seguindo vamos para os secadores de grãos para redução da umidade dos grãos para uma conservação adequada em silos e armazém que será seu destino final”. 

O especialista explica também que os grãos vão permanecer nessas estruturas até o momento da comercialização. “Nestes ambientes armazenadores, possuímos aeração, termometria e exaustão, todos para garantir uma qualidade final dos grãos”, complementa.

Assim, com o silo e demais sistemas, os produtores têm o maior controle e a oportunidade de gerar negócios no momento mais lucrativo, evitando perdas após a colheita.

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Riscos inerentes aos silos

Assim como ocorreu na unidade armazenadora do Paraná, são vários os riscos a que um silo e demais sistemas de armazenagem estão sujeitos.

Inicialmente, Mallet explica que o risco mais frequente é o soterramento dos operadores na massa de grãos. “Isso ocorre especialmente quando eles vão realizar suas atividades sem utilização de EPI’s”. 

Outra situação, que também ocorre, são as mortes decorrentes do gás proveniente da liberação do processo respiratório dos grãos. “Geralmente estes gases se depositam nas partes baixas da unidade, como poços de elevadores e túneis”, destaca Mallet. 

O especialista destaca também os acidentes decorrentes da concentração do pó, que também têm o potencial de gerar casos de explosão. 

Nas unidades armazenadoras temos pó em suspensão que são produzidos do contato dos grãos com os grãos e para acontecer uma explosão necessitamos de combustível (o pó), oxigênio e ponto de ignição, que sempre temos nas unidades”.

8 medidas e cuidados para evitar acidentes com silos

Os silos e demais sistemas de armazenagem são ambientes onde é praticamente impossível eliminar totalmente os riscos de explosões e demais acidentes, pois as pequenas partículas de grãos suspensas no ar ocorrem constantemente.

Exatamente por isso, é imprescindível adotar uma série de medidas e cuidados para tornar os acidentes com silos e armazéns graneleiros os menores possíveis. Veja:

  1. Uso de todos os EPIs durante o trabalho nestes ambientes, como capacete de segurança, botina, respirador, cinto de segurança e luvas de proteção, assim como placas de identificação dos pontos de riscos;
  2. Uso de EPCs requisitados pela NR-6, como ventilador/insuflador de ar, rádio para comunicação e lanternas apropriadas;
  3. Uso de plataformas específicas para acessar pontos específicos dentro do silo e armazém graneleiro;
  4. Adoção de aparelhos de medição de gases para análise dos espaços confinados. A partir de sensores é possível medir e indicar a concentração de gases nocivos existentes nos ambientes, alertando o trabalhador para riscos à saúde;
  5. Adoção da ventilação natural, essencial para a remoção dos gases e pó, impedindo que a concentração destes se eleve e aumente o risco de explosão; 
  6. Adoção da ventilação artificial, representada pelo uso de um bom sistema de exaustão. Essa é a solução ideal para reduzir a poeira nas unidades armazenadoras;
  7. Realização dos processos e limpeza e manutenção periódicas;
  8. Treinamento constante, com a prática dos procedimentos recomendados pelos técnicos de segurança e exigido pela NR-33.

Por fim, Adriano Mallet salienta que é extremamente importante que as unidades armazenadoras promovam a instalação de equipamentos para reduzir ao máximo os riscos. 

Continuamente estamos recebendo notícias de sinistros em muitas unidades armazenadoras. Isso exige total atenção para com todas as medidas de segurança para trabalhar nestes ambientes”, finaliza.

Aproveite para entender como a eficiência do armazenamento de grãos é uma medida essencial para reduzir riscos e perdas agrícolas

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