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Priorize a sustentabilidade com recomposição florestal

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recomposição florestal

Em maio de 2012, foi sancionada a Lei nº 12.651/2012, que promovia alterações no Código Florestal Brasileiro, para proteção/recuperação da vegetação nativa em todo o território nacional. Dentre as mudanças, a recomposição florestal foi um dos alicerces principais, tornando a legislação mais rígida, porém mais maleável para o produtor.

Entretanto, a recomposição florestal ainda é vista como um custo extra ao produtor. Para o fiscal da defesa agropecuária da ADAPAR (Agência de Defesa da Agropecuária do Paraná), engenheiro Ricardo Witzel, o produtor necessita abandonar o "preconceito" sobre as áreas florestadas.

Segundo ele, projetos devem ser realizados de forma que não se apresentem apenas como um 'custo' ao produtor, devem apresentar técnicas de recomposição que permitam, em um lapso temporal não muito grande, obter retorno econômico dessa atividade.

A recomposição também pode gerar renda e economia. Mas você sabe como começar a recompor a floresta na sua área? Quais os primeiros passos e as vantagens da implantação de um projeto de recomposição? Acompanhe:

 

Projetos de recomposição florestal: como fazer?

 

Ao iniciar a recomposição florestal é essencial que se tenha em mente que um projeto bem realizado no Paraná não terá a mesma eficiência no Ceará, e vice-versa. Cada projeto deve ser elaborado de acordo com as peculiaridades regionais.

Ao planejar a recomposição faz-se importante que sejam definidas medidas necessárias à recuperação ou restauração da área degradada, fundamentado em características bióticas e abióticas específicas.

Todos os projetos de recomposição deverão apresentar embasamento teórico/técnico que contemple as variáveis ambientais e que tenha funcionamento similar ao dos ecossistemas predominantes na região.

É essencial que o produtor saiba que um projeto de recomposição florestal não recuperará a floresta do dia pra noite, nem em poucos meses.

Tais projetos necessitam de anos para que uma floresta seja recuperada, mas os resultados são vantajosos em todas as esferas.

 

Primeiros passos para iniciar um projeto de recomposição florestal

 

Para que projetos de recomposição tenham eficiência, é importante que seja seguido um protocolo de ações. Vale lembrar também, que o tempo para a implantação inicial desses projetos irá variar, dependendo do grau de degradação e do tamanho da área a ser recuperada.

Assim, os primeiros passos para que um programa de recomposição tenha sucesso são:

1. Levantamento total da área degradada

Inicialmente, você deve fazer um levantamento geral da área a ser recuperada. Identifique a existência de fatores de degradação e, caso existam, promova o seu isolamento.

Com isso, evita-se o desperdício de esforços e recursos (financeiros, mudas, mão de obra etc).

Entre os principais fatores de degradação temos: trânsito de animais, veículos, máquinas e implementos agrícolas, além de fogo, extração de madeira ilegal e ações semelhantes.

Como medida primária, é importante saber qual é a condição física e biológica do solo, isso irá auxiliar no processo de recomposição. A correta identificação da vegetação nativa da região é importante, pois irá facilitar no processo de escolha de espécies que deverão reflorestar a área.

2. Seleção dos sistemas de revegetação

Em seguida, deve-se proceder na seleção de qual sistema utilizar. Basicamente, são três os sistemas responsáveis pela recomposição florestal:

 

  • A) Implantação: realizada em áreas bastante degradadas que perderam suas características bióticas originais. Nesse sistema, as espécies são introduzidas em sequência cronológica, ou seja, espécies pioneiras, secundárias iniciais e secundárias clímaces.
  • B) Enriquecimento: sistema utilizado em áreas em estágio intermediário de perturbação, que ainda mantêm algumas das características originais.
  • C) Regeneração natural: recomendada para ser utilizada em áreas pouco perturbadas que mantêm as características originais. Esse sistema pode ser combinado com o sistema de enriquecimento, onde são introduzidas espécies dos estágios secundários de sucessão.

 

3. Escolha das atividades de recomposição e plantio das espécies escolhidas

Estabelecido o sistema ou os sistemas que serão empregados, está na hora de definir as principais atividades a serem implementadas em cada situação. Para auxiliar nessa definição, elaborar uma tabela onde são descritas as medidas cronológicas e as ações que devem ser tomadas para a recuperação é a melhor saída.

Assim como qualquer cultura, o plantio de mudas deve seguir as recomendações silviculturais usadas em reflorestamentos, levando-se em consideração a correção e adubação do solo e a profundidade e espaçamento das covas.

Por fim, deve realizar a manutenção e repasse das áreas plantadas, garantindo a eficiência do processo de recuperação.

 

Vantagens da recomposição florestal

 

Ao iniciar a recomposição florestal de áreas desmatadas, o produtor terá diversas vantagens, diretas e indiretas. A primeira vantagem relaciona-se à sustentabilidade.

Recomposições florestais serão refúgios de inimigos naturais das pragas (que podem destruir seriamente as lavouras), portanto, protegem a lavoura de ataques.

Ademais, contribuem para a melhoria da qualidade da água dos corpos hídricos da região e do solo (evitando inclusive erosão). Por fim, ajudam a regular o microclima regional.

Em uma visão macro, recomposições florestais são um reservatório natural de carbono, contribuindo, consequentemente, para minimização do efeito estufa.

 

Geração de renda com a ILPF

 

A implantação de florestas é uma alternativa rentável para o produtor rural. Por muitas vezes, a recomposição é cara e de retorno financeiro não perceptível. Mas, há projetos onde despesas para o reflorestamento poderão ser convertidas em renda extra ao produtor.

Hoje, a meta de todo produtor é ter mais renda sem agredir o ambiente. A integração Lavoura-Pecuária-Floresta, popularmente conhecida como ILPF, é uma das técnicas capazes de recompor a área e gerar renda de 3 atividades distintas, implicando em maior economia ao produtor.

Com a ILPF o produtor recompõe a área, além de ter dinheiro provindo da pecuária, da lavoura e da extração da madeira.

Projetos de recomposição podem ser demorados, danosos e muitas vezes caros para o produtor do campo, mas quando bem conduzidos irão recompor a floresta, adequando a área para o novo código florestal, e principalmente, podem gerar renda!

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