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Veja as tendências produtivas do maracujá no Brasil

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Saiba quais são as principais tendências produtivas e maiores desafios da produção brasileira de maracujá.

O Brasil é atualmente o maior produtor mundial de maracujá. Nossos produtores colhem cerca de 600 mil de toneladas da fruta por ano (dados IBGE/2018), com os números apresentando tendência de crescimento tanto na área produzida como no volume de produção e exportação.

No entanto, apesar dos números expressivos a produtividade alcançada ainda é considerada baixa, atingindo uma média de 14 toneladas/ha/ano. Por essa razão, algumas medidas de manejo podem auxiliar o produtor a atingir maiores níveis de produtividade e de qualidade.

Sendo assim, acompanhe alguns números sobre as tendências produtivas desse setor, assim como as estratégias adotadas para que a produtividade cresça de forma sustentada.

Bahia e Ceará: maiores produtores de Maracujá no Brasil

No Brasil, as regiões que registram maior produção no Brasil são a Nordeste, Sudeste e Sul, respectivamente. Os Estados da Bahia e Ceará são os maiores produtores nacionais de maracujá, indicando a nítida importância da região nordeste no cultivo da fruta.

A Bahia apresenta uma área plantada de 15.616 ha, produção de 168.457 toneladas produzidas e produtividade de 10,79 t/ha. Já o Ceará possui 6.225 ha, 145.102 toneladas produzidas e produtividade de 23,31 t/ha.

Nos últimos cinco anos, Santa Catarina vem ganhando destaque na produção de maracujá, passando de 800 ha em 2013 para 1891 ha em 2018, ou seja, quase triplicando sua área de plantio, resultando em uma produção que chega a mais de 44 mil toneladas produzidas.

Assim, o estado de Santa Catarina já figura como o terceiro maior produtor de maracujá do Brasil. Mas, segundo Henrique Belmonte Petry, Pesquisador em Fruticultura da Epagri, SC é o segundo em produtividade. “A área plantada em Santa Catarina é de 1.891 ha, com uma produção de 44.934 toneladas e produtividade de 23,76 t/ha, a segunda maior do Brasil”, diz.

Atrás de Santa Catarina estão Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Alagoas e Paraná, sendo estes os maiores produtores desta fruta no país (IBGE, 2019).

Brasil é um importante exportador de maracujá

O maracujazeiro é uma cultura que apresenta grande importância social e econômica para o Brasil sendo também o maior exportador do mundo.

No ano de 2019, segundo dados do Comex stat (Estatísticas de comércio exterior), foram exportados cerca de 28.748 kg do fruto, resultando em um valor de US$ 63.249, ao preço médio de US$ 2.200,12 por tonelada de fruto. O Brasil o exporta nas formas de fruta fresca, conservada e em suco concentrado; países europeus são os maiores compradores da fruta brasileira.

No entanto, Petry ressalta que a grande maioria do volume de produção é absorvida basicamente pelo mercado interno, sendo as Centrais de Abastecimento da região sudeste do Brasil o principal destino das frutas produzidas nacionalmente.

Maracujazeiro-azedo: principal cultivar da fruta utilizada no Brasil

O maracujá possui variados gêneros, mas o maracujeiro-azedo é amplamente utilizado no país com ótimos resultados.

Petry explica que o cultivo do maracujazeiro-azedo é de retorno financeiro rápido. “Essa cultura se assemelha a algumas hortaliças neste sentido, o que torna esta cultura atrativa a produtores que pretendem entrar no ramo da fruticultura”.

Porém, os altos custos de produção e por ser uma cultura que demanda mão-de-obra especializada exigem de profissionalização dos produtores, principalmente buscando a produção integrada desta fruta, com diminuição no uso de insumos para controle de pragas e doenças.

Cabe ao produtor respeitar o tripé "economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto", ou seja, ele deve promover a diminuição dos custos de produção e aumento da rentabilidade dos pomares”, salienta Petry.

Petry explica também que no Brasil estão disponíveis muitas cultivares de maracujazeiro-azedo para os produtores brasileiros, com uma cultivar relativamente nova sendo muito adotada na região Sul. “No sul do país, o SCS437 Catarina, de polinização aberta cultivada e selecionada pelos produtores e pesquisadores, foi registrado pela Epagri em 2015 e é a mais cultivada”.

No restante do país, ele ressalta que os cultivares híbridos desenvolvidos pelo Instituto Agronômico de Campinas, pela Embrapa e pelo viveiro Flora Brasil, de Araguari -MG, são amplamente cultivados nas regiões de clima mais quente do país.

Recentemente, o IDR do Paraná desenvolveu um cultivar, com resultados promissores para o estado”, complementa o pesquisador.

Além destes cultivares, outras iniciativas de desenvolvimento local de cultivares tem se mostrado interessante em diversas regiões produtoras de maracujá do país.

Muitos são os desafios que merecem maior atenção na produção de maracujá

Além da maior profissionalização de produtores, Petry diz que muitos outros desafios devem ser melhor gerenciados pelo produtor brasileiro de maracujá. Para o pesquisador da Epagri, os principais desafios estão relacionados ao manejo de pragas e doenças e na comercialização.

As viroses do maracujazeiro, como, por exemplo, a do endurecimento dos frutos do maracujazeiro, dizimaram grandes áreas em vários Estados no País, sendo São Paulo o maior exemplo disto”, comenta.

A Fulariose é outro desafio histórico na cultura, exigindo, por isso, a necessidade de desenvolvimento de porta-enxertos resistentes. “Isso já é realidade em algumas regiões, como no oeste de São Paulo e no Rio Grande do Norte”, complementa Petry.

A mosca-do-botão-floral, percevejos e o aumento dos casos de mosca-branca, vetor da virose da severa distorção foliar, também têm se apresentado como desafios nas diversas regiões produtivas.

Atrelado ao controle de pragas e doenças, o produtor tem como outros desafios:

  • Melhorar as tecnologias de aplicação utilizadas;
  • Aumento da produtividade média dos pomares;
  • Redução dos custos de produção, principalmente no que tange a racionalização do uso de insumos e com a mão-de-obra necessária para a polinização manual, manejo essencial para a cultura no país.

Comercialmente, por se tratar de um fruto climatérico, o uso de transporte refrigerado e outras tecnologias para redução da perda de massa e conservação pós-colheita dos frutos são medidas que podem auxiliar o produtor a reduzir as perdas e aumentar o tempo de oferta de frutas nas gôndolas, valorizando sua produção.

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